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Academias populares são excluídas do Orçamento Geral do Município

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Domingo - 23/08/2015 às 11:08



Uma comissão de vereadores deve ser formada na Câmara Municipal para tratar diretamente com a Prefeitura de Teresina sobre a exclusão das academias populares do Orçamento Geral do Município.
O diálogo foi proposto esta semana pelo vereador Paulo Roberto da Iluminação (PTB), que usou a tribuna da Casa legislativa para protestar contra a medida, que, segundo o parlamentar, foi tomada pelo Poder Executivo de forma intransigente.
A Prefeitura de Teresina anunciou que pretende substituir as academias populares pelo Programa Academia da Saúde, do Governo Federal. Paulo Roberto, no entanto, considera que o ideal seria manter os dois tipos de academia, e ressalta que esse novo projeto não acarretará praticamente nenhum impacto financeiro ao município, uma vez que contará com recursos do Ministério da Saúde.
"Nós andamos nos bairros, nas comunidades e recebemos inúmeras solicitações de novas academias populares. Mas este mês, quando fomos destinar recursos de nossas emendas para essas academias, não havia mais a opção, porque a Semel expediu um parecer técnico sugerindo a retirada das academias populares, inclusive do Orçamento Popular. O problema é que, enquanto as academias populares custam apenas R$ 26 mil, as academias de saúde custam R$ 126 mil. É um montante considerável, sobretudo se levarmos em conta que o vereador pode destinar apenas R$ 671 mil em emendas ao Orçamento do Município, por ano. Como é que você vai destinar R$ 126 mil só para uma academia? Com R$ 260 mil era possível atender dez comunidades com academias populares. Agora, com esse novo modelo, é possível atender apenas duas", questiona.
De acordo com o vereador, a recomendação da Semel ocorreu porque as academias de saúde possuem uma melhor estrutura para atender a população, dispondo de profissionais especializados, como educadores físicos e nutricionistas. "Já que é necessário haver um profissional para acompanhar as pessoas, a Prefeitura poderia manter as academias populares e fazer parcerias com as universidades para que os estudantes dos últimos períodos possam estagiar nesses locais", argumenta o vereador.
Paulo Roberto também critica o fato de a Prefeitura ter retirado as academias populares sem consultar as lideranças comunitárias que participam da elaboração do Orçamento Popular.

Fonte: assessoria

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