Geral

ANP exigiu aumento da produção de plataforma dias antes da explosão

Serviço Plataforma BW ANP Petrobras

Sexta - 13/02/2015 às 16:02



Foto: Divulgação Navio plataforma onde houve a explosão na quarta-feira
Navio plataforma onde houve a explosão na quarta-feira
A Petrobras recebeu exigência da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para aumento da produção da plataforma Cidade de São Mateus poucos dias antes da explosão que deixou cinco trabalhadores mortos, quatro desaparecidos e 26 feridos no litoral capixaba, nesta semana.

A determinação foi uma condicionante apresentada pela ANP para a aprovação do Plano de Desenvolvimento dos Campos de Camarupim e Camarupim Norte, onde está lotada a plataforma, operada pela norueguesa BW Offshore a serviço da Petrobras.

Segundo ata de reunião de diretoria da autarquia, realizada na quarta-feira (4) da semana passada, a Petrobras deve apresentar estudos para redução da capacidade ociosa da Cidade de São Mateus até janeiro de 2016.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente questionamentos da reportagem sobre a determinação da ANP, apenas frisou por meio de sua assessoria de imprensa que a plataforma não pertence à Petrobras, apenas está a seu serviço.

Além de incluir informações para perfuração e interligação de um novo poço produtor no reservatório, a agência reguladora também exigiu estudos para a interligação de novo poço produtor no campo de Golfinho, vizinho dos dois campos.

A FPSO Cidade de São Mateus, que armazena e produz petróleo e gás, operava a cerca de 40 km da costa, segundo a ANP, produzindo cerca de 2,25 milhões de metros cúbicos por dia de gás.

O volume é equivalente a aproximadamente 3 por cento da produção de gás da Petrobras em dezembro, que atingiu ao todo naquele mês 73,5 milhões de metros cúbicos/dia. A produção de gás é escoada por duto para terra e, segundo ficha técnica publicada pela BW Offshore, a FPSO tem capacidade de armazenagem de 700 mil barris. Já a produção de petróleo é de 350 metros cúbicos de óleo/dia.

Camarupim é operado pela Petrobras, que tem 100% da concessão. Já Camarupim Norte é operado pela Petrobras, com 65 por cento, em parceria com a brasileira Ouro Preto Energia, que detém os demais 35%. No campo de Golfinho, a Petrobras detém 100% da concessão.

Busca por desaparecidos

Mais cedo, a BW Offshore informou nesta sexta-feira (13) que quatro de seus trabalhadores mortos na explosão eram de nacionalidade brasileira, enquanto o quinto era indiano. Ainda havia quatro trabalhadores desaparecidos, todos eles brasileiros.

A empresa disse que estava firme nas buscas dos desaparecidos. O local onde ocorreu a explosão permanecia inundado e inacessível, segundo a última informação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, na noite de quinta-feira (12).

Fonte: UOL

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: