Anvisa pode suspender uso de remédio antiinflamatório

Piauí Hoje


Diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúnem na próxima semana para decidir quais providências tomar diante de denúncias feitas a respeito do antiinflamatório Prexige (lumiracoxibe), do laboratório Novartis Biociências S/A. Como nas últimas semanas a agência recebeu dois pareceres favoráveis ao cancelamento do registro do remédio no país, a expectativa é que ele seja retirado do mercado.De acordo com a Anvisa, os dois pareceres prejudiciais ao remédio que serão analisados pela diretoria foram emitidos pela Câmara Técnica de Medicamentos, órgão consultivo da agência, e pelos técnicos da área de farmacovigilância. O Prexige foi aceito no Brasil, pela Anvisa, em 2005. O remédio, usado para o tratamento de dores e problemas de artrite, é o segundo mais vendido do Brasil em sua categoria.InterdiçãoOntem, o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo publicou no "Diário Oficial" um comunicado de interdição cautelar de todos os lotes do remédio. Neste período, a venda do produto também fica proibida. A medida é válida por 90 dias.No comunicado publicado no "Diário Oficial", o CVS afirma que a Vigilância Sanitária tem registros de "609 notificações de suspeitas de reações adversas, hepáticas e cardiovasculares graves associadas ao uso do medicamento", como infarto, arritmia, hepatite, hemorragias, pancreatite, edema de glote, insuficiência renal, entre outras; e que parte dessas notificações foi feita por pessoas que utilizaram o produto por períodos curtos, inclusive inferiores a cinco dias.O CVS ressalta, na decisão, que o medicamento enfrenta problemas internacionalmente. Em agosto de 2007, a Austrália proibiu o remédio depois da morte de dois pacientes, e a medida foi copiada pelo Canadá e pelo Reino Unido.Em nota, a Novartis afirmou acreditar que o número de notificações de problemas registradas no país é pequeno em relação ao nível de prescrição do medicamento. "Desde julho de 2005, quando do lançamento do medicamento, até a data de ontem (quinta-feira), dos estimados 9,5 milhões de tratamentos a empresa tem conhecimento de 506 pacientes com eventos adversos reportados por profissionais de saúde", diz a nota.

Fonte: Imirante

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