Artista plástico Tácito Ibiapina morre aos 65 anos


Artista plástico piauiense, Tácito Ibiapina

Artista plástico piauiense, Tácito Ibiapina Foto: Divulgação

Morreu na noite desta quarta-feira, 24, o artista plástico picoense Tácito Fontes de Moura Ibiapina, de 65 anos, que sofria com problemas respiratórios. O artista estava internado no Hospital Memorial do Carmo. Seu corpo está sendo velado no salão da Funerária Santa Ana, onde amigos e familiares dão o último adeus ao renomeado pintor conhecido em vários países.

De acordo com a irmã de Tácito, Giseuda Lopes, o velório segue até as 16h00, em seguida acontecerá a missa de corpo presente na Catedral de Nossa Senhora dos Remédios. Seu corpo será sepultado no Cemitério São Pedro de Alcântara.

Revelando as cores e iluminação da paisagemRevelando as cores e iluminação da paisagemFoto: Divulgação

Tácito Ibiapina expos em galerias de arte de todo país, e tem no currículo mais de 63 exposições individuais e 55 exposições coletivas. O artista possui obras em acervos particulares na Alemanha, Estados Unidos, Canadá, França, Espanha, Suíça, Holanda, Japão, Argentina, Grécia, México, Itália, Portugal, Inglaterra entre outros.

Nascido em 1950, dividiu-se atualmente entre sua cidade natal, Picos, e Brasília, onde tinha seu ateliê. Tácito vivia em Picos há aproximadamente 12 anos, onde tinha um ateliê na Rua São José, com um acervo de obras próprias e de artistas de todo o Brasil.

Retratando quintaisRetratando quintaisFoto: Divulgação

Tácito Fortes de Moura Ibiapina por toda a sua infância e adolescência, teve como panos de fundo as casas pobres de pau-a-pique, os fogões de lenha, os engenhos, as farinhadas, os bichos do quintal, as flores, as goteiras nos telhados e a luz do sertão, sempre ensolarado e morno.

Nos anos setenta transferiu-se para a cidade satélite de Taguatinga, no Distrito Federal, onde produziu suas primeiras telas com espátulas, ao invés de pincéis, técnica que até hoje utiliza em seus trabalhos. Seu estilo é chamado por alguns críticos de “impressionismo rural”.

Impressionismo ruralImpressionismo ruralFoto: Divulgação

Os resultados alcançados por este autodidata não poderiam ser melhores. Tal foi a aceitação dos seus temas, do seu estilo e da abrasadora luminosidade impregnada em cada uma de suas obras que já em 1973 era convidado a realizar sua primeira Exposição Individual, no saguão do Aeroporto Internacional de Brasília.

Daí em diante, sua arte retratou as reminiscências e os atavismos da vida simples do interior, nutrindo cada tela com os sonhos jamais esquecidos do passado, o que talvez explique o segredo do seu sucesso, no país e no exterior, onde possui obras em acervos particulares.

Sua pintura inconfundível retrata a simplicidade sertaneja, com raios de luz penetrando nas casinhas cor de telha, onde há sempre um alpendre florido voltado para o fundo de quintal.

Fonte: Picos40graus

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