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BNDES investe em combustíveis sustentáveis no Brasil

Segundo o presidente Aloizio Mercadante, o BNDES está buscando alternativas para reduzir emissões de carbono na navegação e aviação, e apoiar setores estratégicos

Da Redação

Sexta - 10/05/2024 às 08:25



Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante
Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem se dedicado a questões cruciais relacionadas aos combustíveis para navegação e aviação no Brasil. Com as regras definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reduzir as emissões de carbono e combater o aquecimento global, o país precisa estar preparado para adotar alternativas mais sustentáveis. As informações foram repassadas pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, nessa quinta-feira (9), durante apresentação do balanço financeiro do BNDES referente ao primeiro trimestre de 2024.

No setor aéreo, o BNDES está financiando a produção de Sustainable Aviation Fuels (SAF), que são combustíveis sustentáveis para aviação. A ONU já estabeleceu datas e volumes para a adoção desses combustíveis renováveis a partir de 2027. No entanto, a maior preocupação recai sobre a navegação marítima. 

Cerca de 90% do transporte global de mercadorias é realizado por navios, e eles enfrentarão multas se não descarbonizarem seus combustíveis. Além disso, há desafios logísticos, como o tempo de viagem para chegar à China, que podem afetar a competitividade.

Para impulsionar a transição energética, o Brasil conta com o Fundo da Marinha Mercante, criado em 1958. Esse fundo visa promover o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria naval nacional. O BNDES é um dos principais gestores desse fundo e está atualmente envolvido em contratações que totalizam R$6,6 bilhões para embarcações como balsas, rebocadores e empurradores de grãos e minério.

No curto prazo, a adaptação dos navios pode ser viabilizada por meio do uso de etanol e metanol, nos quais o Brasil se destaca como o segundo maior produtor. O etanol de segunda geração é especialmente eficiente e descarboniza significativamente.

Além disso, o BNDES está estudando maneiras de apoiar as empresas aéreas que enfrentaram prejuízos durante a pandemia de COVID-19. Uma alternativa em discussão envolve o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC), que poderia ser acionado como garantidor para operações e créditos. Em outros países, subsídios à aviação foram adotados após a pandemia, e o BNDES está comprometido em ajudar as empresas brasileiras a superar os desafios e manter o setor estruturado.

Em resumo, o BNDES desempenha um papel fundamental na busca por soluções sustentáveis para a aviação e navegação no Brasil, contribuindo para a redução das emissões de carbono e o desenvolvimento de alternativas mais eficientes e amigáveis ao meio ambiente.

Fonte: Agência Brasil

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