Brasil

UM ANO DA VITÓRIA DE LULA

Escândalos e denúncias de corrupção marcaram a campanha de Jair Bolsonaro

O esquema de Bolsonaro para tentar se manter no cargo teve limites​

Por Luiz Brandão

Segunda - 30/10/2023 às 03:25



Foto: Forum Bolsonaro e o filho Carlos são acusados de manter uma indústria de fake news
Bolsonaro e o filho Carlos são acusados de manter uma indústria de fake news

A luta foi dura. A vitória de Lula em 2022 foi apertada porque o então presidente Jair Bolsonaro e sua turma usaram todo tipo de artimanha e dinheiro público para tentar comprar a consciência dos eleitores. 

Nos meses de vésperas da eleição, Bolsonaro "distribuiu", graciosamente, dinheiro para categorias, como taxistas e caminhoneiros. Milhares de servidores públicos, inclusive militares, receberam o chamado Auxílio Brasil sem ter direito ao benefício. 

O ex-presidente jogou pesado para tentar se reeleger. Além da campanha de difamação de Lula com fake news, Bolsonaro e seu grupo autorizaram por exemplo que a Caixa Econômica liberasse recursos para todo tipo de pessoas e empreendimentos que se alinhavam a eles. Foram mais de R$ 390 bilhões gastos somente da CEF, conforme balanço feito em 2023, que apontou o rombo bilionário no banco.

O esquema de Bolsonaro para tentar se manter no cargo  teve limites. Também houve desvio no maior esquema de corrupção no  Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE; foram "construídas" escolas fantasmas; compraram ônibus, caminhões e tratores que nunca apareceram; A Codevasf foi usada para liberação de recursos para empresas de fachada. 

Um dos escândalos mais notáveis ocorreu no vizinho Estado do Maranhão, onde recursos da Previdência Social também foram liberados para quem não tinha direito; pastores evangélicos fizeram campanha para venda de bíblias e livros dentro do Ministério da Educação; durante a pandemia houve o escândalo da propina para a compra das vacinas, mostrando o que realmente acontecia nos porões e nos gabinetes dos ministros de Bolsonaro.

Era um escândalo atrás do outro

As denúncias de corrupção se espalharam por todo o governo, inclusive nas Forças Armadas, atingidas por denúncias de desvios de milhões de reais, inclusive para compra de medicamentos como Viagra e prótese penianas para militares.

Na campanha de 2022, igrejas evangélicas em todo país viraram verdadeiros comitês eleitorais de Jair Bolsonaro, só porque a ex primeira-dama Michelle Bolsonaro é frequentadora de uma delas. Dessas igrejas partiram também todos os tipos de mentiras, invenções e calúnias contra Lula e seus aliados. 

Pastores bilionários, dono de empresas e de redes de rádio e TV, bem como empresários sonegadores e exploradores da mão de obra escrava fazeram  campanha abertamente para bolsonaro, inclusive querendo obrigar seus empregados e seguidores a votarem no ex-presidente, incorrendo abertamente em crimes, com ameaças de demissão e perseguição.

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