A Cardiopatia Congênita é considerada qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração, que surge nas primeiras oito semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Ela ocorre devido uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca. As causas ainda não estão bem definidas, podem ocorrer pela interação de fatores genéticos e ambientais. Porém, é comprovado que existem famílias com maior risco de ter filhos com Cardiopatia congênita.
Segundo o cirurgião cardiovascular do Incor e Professor Doutor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Doutor Lima, estudos internacionais apontam que a Cardiopatia pode matar até duas vezes mais do que todos os tipos de cânceres. Ao menos 23 mil bebês necessitam de um atendimento diferenciado, ou até mesmo, de cirurgia cardíaca, e destes, 18 mil (78%) sequer recebem o tratamento, seja por falta de diagnóstico ou por falta de vagas na rede pública de saúde.
Os principais sintomas podem ser: ponta dos dedos e/ou lábios roxos, conhecido como CIANOSE; transpiração e cansaço excessivos durante as mamadas; respiração acelerada mesmo durante o sono; dificuldade de ganhar peso e irritação frequente, choro sem consolo.
“As Cardiopatias congênitas podem ser suspeitadas logo na gestação, identificadas por meio de um ultrassom morfológico e confirmadas pelo ecocardiograma fetal. Logo após o nascimento, pode-se identificar através do Teste do Coraçãozinho. O diagnóstico precoce salva vidas, principalmente em casos mais graves, quando o parto deve ser planejado e a criança operada nos primeiros dias de vida”, explica o Doutor.
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