Foto: Divulgação
Transporte alternativo
Motoristas e cobradores de ônibus já confirmaram que iniciam uma greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (28), em Teresina. Agora, foi a vez dos permissionários do transporte alternativo comunicarem que iniciam greve geral a partir desta quarta-feira (27). Os trabalhadores de ônibus querem a assinatura da convenção coletiva de trabalho e os permissionários do transporte alternativo reivindicam o fim do bloqueio da máquina usada para o cartão de vale transporte e estudantil dos passageiros.
Sem aviso prévio, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS) bloqueou as máquinas e inviabilizou as vans de receberem o pagamento da passagem por meio do 'cartão de passe' dos passageiros. Os permissionários do transporte alternativo paralisaram as atividades durante seis dias e hoje resolveram iniciar greve alegando a falta de abertura para diálogo com a gestão da Strans.
Pelo menos 150 trabalhadores estão prejudicados sem poder circular. Atualmente, o transporte alternativo na capital conta com 40 vans saindo dos bairros a pontos específicos como Shoppings, Centro Administrativo e universidade.
Em nota recente enviada à imprensa, o superintendente da STRANS informou que irá fazer auditoria nos ControlCIT e realizar nova licitação. O Sindicato dos Proprietários Autônomos de Transportes Alternativos de Passageiros do Estado do Piauí (SINTRAPI) informa que não é contra a medida, e que, caso haja alguma irregularidade, seja apurada, mas que até lá o uso das máquinas seja restabelecido para que as vans voltem a circular.
O Sintrapi divulgou uma nota explicando que que a Strans está impedindo a atividade dos permissionários porque a Prefeitura de Teresina não é detentora do sistema de bilhetagem eletrônica, por isso não cabe a ela suspender a utilização.
Veja a nota:
O SINTRAPI considera que a STRANS está se utilizando de remédio abusivo para impedir o exercício de atividade dos permissionários, uma vez que a Prefeitura não é detentora do sistema de bilhetagem eletrônica, não lhe cabendo suspender a sua utilização. Ademais em sendo verificadas tais supostas irregularidades, cabe à STRANS realizar a sua função fiscalizadora, aplicando as sanções previstas no contrato, entre as quais não se encontra a suspensão da utilização do sistema de bilhetagem eletrônico.
Entendemos que a STRANS possui função administrativa imprescindível ao sistema de transportes municipal, no entanto, sua atividade deve atender ao princípio da legalidade, de modo que não pode atuar fora dos limites daquilo que a lei lhe permite.
O SINTRAPI fica à disposição para o verdadeiro diálogo em busca de uma solução que estabeleça o equilíbrio econômico financeiro entre os permissionários e a Prefeitura Municipal de Teresina, tendo como mote maior o bem estar dos usuários do sistema de transporte público da cidade de Teresina
Fonte: Com informações do Sintrapi
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