Comerciante preso em Teresina é condenado a 18 anos de prisão por assa

Piauí Hoje


O comerciante João Portela foi condenado a 18 anos de prisão, em julgamento realizado ontem, no Fórum Clóvis Beviláqua, por envolvimento na execução da adolescente Ana Bruna de Queiroz Braga ocorrido em Fortelaza(CE). De acordo com a acusação, o comerciante teria mandado assassinar a adolescente, que o apontou em depoimentos à Polícia e ao Ministério Público como mandante da morte do também comerciante Valter Portela, irmão do réu. Durante todo o julgamento, que durou cerca de 10 horas, João Portela se manteve fora das vistas dos jurados, ao permanecer sentado no chão, sob alegação de mal-estar.No entanto, encontrou disposição para questionar a pena imposta pelo juiz Jucid Peixoto do Amaral. "Não faça isso comigo, não, doutor! Pelo amor de Deus, eu não mereço isso, não! Eu vou preso, enquanto os assassinos e os mandantes vão ficar livres", chorou o comerciante.João Portela foi novamente encaminhado ao Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO II), em Itaitinga, onde está preso desde o mês de maio, após ser detido em uma serraria na periferia de Teresina (PI), onde estava escondido depois de ter a prisão preventiva decretada.Os advogados de defesa do comerciante recorreram da sentença e o caso será agora apreciado pelo Tribunal de Justiça (TJ). No último dia 29, o pistoleiro José Veridiano Fernandes Nogueira e os policiais militares Raimundo Nonato Soares Pereira e José Eudázio Nascimento de Sousa foram condenados a 13 anos de reclusão, pelo mesmo crime, enquanto o soldado Lúcio Antônio de Castro Gomes foi absolvido por falta de provas. Dos acusados, somente o delegado Roberto de Castro ainda não foi julgado. A defesa recorreu da sentença de pronúncia e os desembargadores do TJ avaliam a decisão.O julgamento de João Portela foi acompanhado por um pequeno público. A defesa do comerciante "ocultou" João Portela dos jurados, ao mesmo tempo em que apresentava o pistoleiro Ademir Mendes (companheiro da adolescente) e a própria Ana Bruna como "réus". "Por que estão dando tanta credibilidade a Ana Bruna? Ela sabia que Valter Portela iria ser assassinado e não contou nada.Decidiu contar tudo só depois que o Ademir foi morto. O Ademir, com um rosário de crimes... ", expôs a defesa, que não convenceu ao Júri composto por seis mulheres e um homem.

Fonte: Opovo

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