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Conflito entre alunas em escola estadual vira caso de polícia

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Quinta - 10/05/2012 às 21:05



 Uma grave situação gerou a expulsão de duas alunas a rede pública estadual em Parnaíba. O conflito aconteceu entre duas alunas da escola Dr. João Silva Filho, localizada na Avenida Dr. João Silva Filho, Bairro Piauí.

Segundo os pais da menor de iniciais F.G.A de 14 anos, a garota começou a sofrer ofensas pessoais, como nomes de baixo calão por parte de outra aluna, pertencente a uma sala diferente da ofendida, e de imediato os avisou.

Passado alguns dias, a filha do casal, Fernando Monteiro de Araújo e a dona de casa, Cristiana Maria Gomes foi a uma lanchonete nas proximidades de sua casa que também fica próximo a escola, quando foi surpreendida pela menor L.K, de 15 anos, que estaria lhe ofendendo na escola, onde levou um forte tapa no rosto e bateu com a cabeça na parede. Devido à maneira violenta como agiu a agressora, a menor caiu desmaiada e foi reanimada por populares.

Segundo os pais da agredida, o diretor titular da escola em questão, Edivaldo da Costa Cunha, disse ter reunido o conselho escolar, onde decidiram pela expulsão da mesma do corpo discente. A agressora também foi excluída do corpo discente.

O diretor adjunto Paulo Cezar, afirmou que F.G.A, teve sua expulsão votada em conselho e aceita por unanimidade por “supostamente” ter ido a lanchonete para provocar a agressora, que nem estava no local quando chegara. Logo depois, o diretor, voltou atrás, e disse que a decisão foi tomada visando o bem-estar da estudante.

Porém, segundo os pais da garota, os mesmos não participaram da reunião onde foi decidida a exclusão da menor do quadro de estudantes e que o diretor titular havia dito que esta não seria mais reintegrada a escola Dr. João Silva Filho.

Os pais da menor denunciaram também, que conversaram com uma funcionária da Regional de Educação, que colheu depoimento deles e da menor, para que fossem tomadas as devidas providências. O documento sigiloso, contendo estas falas foi assinado por estes, mas no outro dia, ao comparecerem na Delegacia, para prestarem depoimento a Dr. Maria de Jesus Bastos, onde também foram convocadas, a direção da escola e a agressora. O com os depoimentos já estava em poder do diretor titular.

Neste dia, a agressora admitiu a culpa e disse que o fez por “não ir com a cara” da outra estudante. Fernando, pai da vítima, informou que foram feitos exame do corpo de delito e também foi acionado o Conselho Tutelar da cidade.

A equipe do Proparnaiba.com procurou os pais da jovem agredida, a direção da escola estadual Dr. João Silva Filho e a Regional de Educação.

Ao ser solicitado do diretor adjunto, a ata de reunião, onde foi decidida a expulsão da menor, ele disse que o documento estava com o diretor titular.

Já na Regional de Educação, a professora Narjara Benício não se encontrava, pois está participando de reuniões da Secretaria de Educação, em Teresina, mas sua secretária informou que o assunto não era de conhecimento da responsável pela 3ª GRE, e que somente ela, pode envolver-se no ocorrido. Informou ainda, que as decisões tomadas pelo Conselho Escolar são soberanas, e que a equipe de jornalismo poderia solicitar do diretor titular, a cópia da ata de reunião, já que na Regional não tinha nenhuma informação sobre o caso.

Na tarde de ontem (09/05), o diretor Edivaldo da Costa foi procurado e este disse que não se pronunciaria, e ao ser perguntado sobre a ata de reunião do conselho, ele disse que esta estava na Regional de Educação. Ao ser informado que os funcionários do órgão desconheciam sobre o assunto, a expressão usada pelo gestor da escola foi, “então pronto, espere que eles lá se pronunciem”.

A família da agredida questiona se realmente houve essa reunião do Conselho Escolar, composta pela direção, pais e professores da escola.

Segundo, o senhor Fernando Monteiro, sua filha teve o ano letivo perdido por conta das circunstâncias e pela forma repressora como age o diretor titular, que segundo ele, apoderou-se do cargo há 16 anos, sendo eleito em todas as votações para direção, com base em ameaças aos pais e alunos.

Ele diz ainda, que tomará as providências, não somente para fazer justiça pelo que aconteceu com sua filha, mas também, por outras famílias, que até mesmo por falta de informação e por sofrerem pressão, não tem coragem de buscar seus direitos.

Fonte: proparnaiba

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