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Defesa de Emir alega que pedido de prisão não continha argumentos fundamentados

Ministério Público investiga desvio de dinheiro do órgão por parte do ex-procurador, e pediu prisão temporária.

Terça - 25/10/2016 às 20:10



Foto: Arquivo Pessoal no Face O ex-procurador Emir Martins montou uma grupo para ficar rico no MP
O ex-procurador Emir Martins montou uma grupo para ficar rico no MP

O ex-procurador Emir Martins, investigado pelo Ministério Público do Piauí por meio da Grupo de Atuação Especial em Combate ao Crime Organizado (GAECO) por desvio de dinheiro dentro do próprio Ministério Público desde 2009, foi solto nesta terça-feira por ação impetrada pelo advogado, Lucas Vila.

De acordo com o advogado, o documento do Ministério Público que solicita a prisão temporária, não continha argumentos que fundamentassem a prisão temporária. “Os fundamentos da prisão temporária não estavam presentes na fundamentação da prisão dele”, afirma Lucas.

O documento traz dois argumentos principais que, de acordo com o advogado, não se sustentam para pedir prisão temporária. “Se baseou na garantia da ordem pública, e isso não é para garantir prisão temporária, mas prisão preventiva. E também argumenta que se deu para proteger inquérito policial, sendo que não é investigado por inquérito policial, mas pelo Ministério Público”, argumentou.

O advogado disse ainda que não existe denúncia formal contra Emir Martins e os demais acusados. “O momento é de conhecer as investigações feitas, os autos, o teor do procedimento e aguardar os desdobramentos da investigação do Ministério Público”.  

Os acusados devem ser ouvidos pela investigação. “O Ministério Público deve intimá-los para que sejam ouvidos, esse deve ser o próximo passo. Os promotores de justiça que podem saber quando”, afirmou Lucas.

INVESTIGAÇÃO CONTRA DESVIO DE DINHEIRO

De acordo com a investigação do MP, foi desviado um montante de oito milhões de reais durante a gestão de Emir Martins à frente do órgão. Além de Emir Martins, estão sendo investigados os filhos, a ex-mulher, sobrinhas, cunhadas, genro, nora e concunhado.

O inquérito traz detalhes da investigação do MP, que mostra como o dinheiro da folha de pagamento do Ministério Público do Piauí era desviado.

ACESSE O INQUÉRITO NA ÍNTEGRA

Fonte: Roberto Araujo

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