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Deputado usa verba pública para pagar segurança de empresa de coronel

Piauí Hoje

Sexta - 23/04/2010 às 04:04



Um levantamento feito junto ao novo site da Câmara Federal, que expõe com mais detalhes a vida dos parlamentares na Câmara Baixa, evidencia que o deputado federal José Maia Filho (DEM) paga mensalmente à \'CET SEG Segurança Armada LTDA\', a quantia de R$ 4.300,00.Os pagamentos iniciaram em janeiro de 2010, totalizando uma quantia no valor de R$ 17.200. A previsão até o final do ano é de que cerca de R$ 51.200 tenham sido repassados à empresa, que pertence ao Coronel Alípio, da Polícia Militar do Piauí. "De quem é a empresa?". "Do Coronel Alípio", respondeu a voz do outro lado da linha, depois de dizer que falava de uma das empresas do militar, especializada no ramo de alarmes. Informação de conhecimento da própria PM.Como parlamentar, Mainha deveria saber que é proibido militares terem empresa de segurança armada. No Congresso Nacional a CPI do Narcotráfico e outras chegaram a investigar a relação promíscua entre militares e empresas de segurança própria, militares e milícias armadas, militares e parlamentares. A própria PM do Estado já abriu investigação para apurar irregularidades como essa. O resultado nunca foi divulgado, sobre o episódio ocorrido num dos carnavais de Teresina. E a PM, à época, promoteu divulgar os resultados. O fato compromete a corporação.O CNPJ da empresa que consta dos dados de prestação de contas do deputado com a Câmara Federal é 08.644.690/0001-23 e os receibos são os de número 00000692; 00000832; 00000957 e 00001115. José Maia Filho, desta forma, está incentivando uma irregularidade. A de que Policiais Militares montem suas próprias empresas de segurança e exerçam um trabalho paralelo à sociedade. Em contato com a outra empresa - a de segurança armada - um dos seus membros, percebendo o teor das perguntas, disse que não poderia informar que tipo de serviço a CET SEG Segurança Armada LTDA prestava à José Maia Filho, mas disse que os serviços realizados pela empresa são vigilância patrimonial e transportes de valores. "Vocês oferecem segurança pessoal armada?". "Ainda não", disse, revelando as pretensões do dono.

Fonte: AZ

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