A Associação Nacional dos Detrans (AND) deve propor que vítimas fatais de acidentes de trânsito sejam submetidas a exames para detectar se o indivíduo consumiu álcool. Para ter validade, o diretor geral do Detran-ES, Fabiano Contarato, membro da associação, sugeriu durante o 44º Encontro Nacional dos Detrans, realizado em Brasília, que seja alterada a resolução nº 432, artigo 11 do Detran, que obriga a coleta imediata de mostras de sangue do indivíduo.
Também devem ser incluídas na coleta do material genético vítimas hospitalizadas. Para a AND, a mudança vai ajudar a elucidar os acidentes e responsabilizar os reais culpados. Contarato afirma que é preciso fazer justiça em casos como um ciclista alcoolizado que se lança contra um veículo.
Contarato defendeu que a pauta tenha destaque na Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, relançada na Câmara Federal para os anos de 2015 a 2018 com a finalidade de discutir ideias e medidas para reduzir as mortes no trânsito.
Álcool e direção
Um em cada quatro motoristas brasileiros assume a direção depois de beber. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada em fevereiro mostra que 24,3% dos brasileiros têm este hábito, uma das principais causas de mortes no trânsito.
Entre os entrevistados, 13,7% responderam que beberam álcool de forma abusiva em menos de um mês, o que representa o consumo de quatro ou mais doses de uma só vez. Os homens representam a maior proporção deste público, com 21,6%, enquanto as mulheres figuram 6,6%.
No ano passado, 172.780 pessoas foram internadas vítimas do trânsito. O consumo de álcool em maior volume aumenta ainda mais a gravidade dos acidentes. Entre 2010 e 2013, ocorreram mais de 313 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) decorrentes do alcoolismo. São gastos, em média, cerca de R$ 60 milhões por ano com pessoas dependentes do álcool.
Fonte: radar nacional
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