Política

Dilma reúne cinco mil pessoas na Pedro II e diz que não renuncia

Dilma Rousseff, Teresina, título de cidadania teresinense

Sexta - 15/07/2016 às 22:07



Foto: Paulo Pincel Militantes do PT aguardam a chegada da presidente Dilma nesse momento na praça Pedro II
Militantes do PT aguardam a chegada da presidente Dilma nesse momento na praça Pedro II
Cinco mil pessoas estiveram reunidas nesta sexta-feira, 15, na praça Pedro II, Centro de Teresina para prestigiarem a entrega do título de Cidadania Teresinense, medalha do Mérito Renascença e medalha de Honra da Batalha do Jenipapo de Campo Maior a presidente afastada Dilma Rousseff. Na oportunidade, ela voltou a afirmar que não vai renunciar e que dever voltar com um governo pacificador.

A solenidade foi uma iniciativa da Frente Brasil Popular no Piauí e contou com a presença de autoridades como governador Wellington Dias e secretária de Educação, Rejane Dias, senador Elmano Férrer, senadora Regina Sousa, deputados federais, estaduais e vereadores. Também estiveram presentes representantes dos movimentos sociais e caravanas dos bairros.

Dilma disse que o governo provisório de Temer não tem legitimidade para acabar às conquistas das pessoas mais pobres. A presidente defendeu as cotas nas universidades e criticou a proposta de aumento da jornada de trabalho, "Estão querendo voltar o regime da escravidão. Eles não gostam do povo e nem do Brasil", afirmou a presidente.

Dilma reafirmou que está sendo vítima de um golpe, e que o golpe atual é feito por "fungos e parasitas. Vamos comparar a uma árvore. Ele pode ser derrubada por um machado, e ai se tira o governo. Neste caso, o golpe está atingindo a árvore, não com machado, o golpe agora é feito por fungos e parasitas", afirma Dilma Rousseff.

A presidente lamenta não está em Teresina para inaugurar obras, mas diz estar feliz por lutar pela democracia e promete voltar outras vezes pra inaugurar casas para população. Quer inaugurar obras, mas pra isso precisa superar um problema sério que é o momento atual que está sendo feito o golpe, ´´Eu digo que é golpe, e é golpe``, disse Dilma.

“O Ministério Público agora, depois de dois deles dizendo que é crime, diz que não há crime de pedaladas”, conta Dilma. Ela critica duramente o governo "provisório e interino" de Michel Temer. A presidente denuncia o desmonte do governo e o fim de vários programas sociais.

O governador Wellington Dias afirmou em seu discurso que Dilma sempre será presidenta para o Piauí e exaltou sua história. "Essa mulher nos orgulha muito pela sua história e como presidenta do povo brasileiro. A gente vinha do aeroporto com vidro aberto, a gente via o carinho com ela", afirmou.

"Em cada município desse estado tem a presença do governo Dilma Rousseff. Eu posso dizer, para o Piauí que a senhora permanece presidente da república, sei da importância do que foi o governo Lula", acrescentou.

Wellington criticou o governo federal e ressaltou que estão criando um muro da vergonha no país. "O que se quer fazer nesse país é um muro da vergonha, onde os ricos querem tirar dinheiro dos que mais precisam. É um golpe contra o povo. Veja o que acontece agora com o fim do ministério das mulheres e do desenvolvimento agrário. Temos que lutar para nossos avanços", disse, citando a Constituição.

"Todo poder emana do povo e é com o povo que nós estamos e queremos a senhora de volta. Vamos derrubar o golpe no Senado Federal e fazer um projeto que pensa no Brasil", acrescentou.
Wellington Dias ressaltou a força da presidente. "Dilma recebeu o golpe e não se matou, não renunciou. É uma guerreia do povo brasileiro", concluiu.

Caravanas dos bairros e movimentos sociais prestigiam o evento

O movimento OcupaMinc Piaui esteve no solenidade com Dilma Rousseff. A ariz Carla Sena disse que o grupo não reconhece o atual governo e que ele não foi eleito de forma legítima. “No pouco que este governo está atuando já apresentou vários retrocessos”.

Da Santa Maria da Codipe, a doméstica Raimunda Nonata, 52 anos, disse que estava passando pelo Centro quando soube da vinda da presidente. “Ela é uma pessoa boa, gosto dela, não roubou nada”, conta.

Já Antônio Francisco da Silva, verdureiro, 48 anos, disse que estava lá para agradecer a presidente por ter realizado o seu grande sonho, que era ter a casa própria.

Fonte: Da Redação

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