Segundo o delegado chefe de Mamborê (a 129 km de Maringá), Antonio Cesar Pereira dos Santos, que conduziu o inquérito, houve denúncias ao Conselho Tutelar dando conta sobre a situação no final de 2008. No entanto, a garota, a avó e o diretor negaram tudo.
No início do ano passado, no entanto, foi encontrado uma espécie de diário da adolescente, em que ela conta detalhes do início do relacionamento amoroso e sexual com o diretor, que também é professor, de acordo com o delegado. "A menina afirmou, em depoimento, que a última relação sexual entre eles havia ocorrido em fevereiro de 2010. No entanto, o Conselho Tutelar seguiu recebendo as denúncias de que os dois continuavam o relacionamento", diz o delegado. "A comunidade é bem pequena, e ficou brava com a situação".
Ainda segundo o delegado, a garota foi submetida a exames de conjunção carnal, que deram positivo. Baseado nos relatos da adolescente e dos conselheiros, o delegado pediu a quebra do sigilo telefônico do professor, que ainda teria dado um celular de presente para a menina.
Além disso, a polícia realizou diligências na casa dela, onde foi encontrada uma cama de casal no quarto da menina – que, de acordo com a avó, teria sido dada por um ex-namorado da garota – e uma TV nova na sala. "Perguntei onde estava a nota fiscal do aparelho, e a avó não soube explicar. Depois, acabou confessando que teria sido um presente do professor para a menina", aponta o delegado. "Ou seja, havia fortes indícios de que houve relacionamento amoroso e sexual entre eles". "O artigo 217 do código penal diz que quem pratica conjunção penal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos comete estupro de vulnerável", afirma Silveira.
O inquérito policial foi concluído na terça-feira (8), e A.X.M., de 53 anos, será indiciado por estupro de vulnerável, assim como a avó M.B., de 57. Agora, segue para o judiciário. Em caso de condenação, o professor e a avó podem ser condenados de 8 a 15 anos de prisão.
Fonte: agencias