Economia

G20

Pela 1ª vez, Piauí sediará evento mundial com foco na pobreza e fome

G20 nasceu depois de uma série de crises econômicas

Da Redação

Quarta - 03/04/2024 às 16:18



Foto: Divulgação Brasil será sede do G20 este ano
Brasil será sede do G20 este ano

A capital piauiense, Teresina, sediará de 20 a 24 de maio várias reuniões técnicas sobre combate à fome e pobreza. Isso ocorre porque o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta de prioridades temas sociais. O lançamento do evento será em novembro, mas antes disso os grupos se reúnem para discussão e debates.

O Grupo dos Vinte (G20) nasceu depois de uma série de crises econômicas que desolaram o mundo na década de 1990. No ano de 1999, foi criado um fórum multilateral entre países industrializados e emergentes, composto na época por ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais, que inicialmente tinha como foco debater questões econômicas e financeiras mundiais.

Em 2008, durante mais uma crise econômica mundial causada pela quebra do banco Lehman Brothers, nos Estados Unidos, o grupo teve a primeira reunião de cúpula com chefes de estado e de governo e, desde então, não parou de crescer, sempre discutindo assuntos relacionados à estabilidade econômica global.  

Com presidências rotativas anuais, o G20 desempenha um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas internacionais. Hoje, além de 19 países dos cinco continentes (veja lista ao fim da matéria), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do produto interno bruto (PIB) mundial e 75% do comércio internacional.

Brasil investe no protagonismo de temas sociais

Desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20 e colocou na pauta outras prioridades: a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade.

Em relação ao terceiro assunto, foi organizada uma força-tarefa para construir uma Aliança Global contra Fome e à Pobreza, sob coordenação dos Ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), da Fazenda e das Relações Exteriores.

É a primeira vez que, no âmbito do G20, é proposta uma aliança para tratar de uma crise que não é essencialmente dos ricos, mas global. Estima-se que, no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 735 milhões de pessoas passam fome.  

A ideia de formar uma aliança é iniciativa do presidente do Brasil, Lula, que começou a ser trabalhada quando o país assumiu a chefia do G20 em Nova Delhi, na Índia, no ano passado. A proposta busca angariar recursos e conhecimentos para a implementação de tecnologias sociais e políticas públicas comprovadamente eficazes – como ocorreu no Brasil – para a redução da fome e da pobreza no mundo.

“Queremos, com uma aliança global, dar suporte e impulso político, recursos financeiros e cooperação técnica para apoiar a implementação direta de políticas de sucesso comprovado, em cada país que quiser participar. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é o caminho para trabalharmos juntos e focados em vencer esse desafio”, explicou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

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