Educação

Cerrado tem 12 mil novas espécies de plantas, mostra pesquisa

Piauí Hoje

Sábado - 05/04/2008 às 04:04



Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) revelou 12 mil novas espécies de plantas em toda a região do cerrado que inclui os estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. O estudo foi feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).As novas espécies incluem arbustos, ervas, gramíneas e bambus. Plantas encontradas somente em um lugar e que nunca mais foram achadas voltaram a aparecer.Estudo feito em 1998 revelou 6 mil espécies de plantas. O aumento das espécies em cem por cento, segundo a professora do Departamento de Engenharia Florestal da UnB, Jeanine Felfili, se deve à velocidade com que se pode configurar hoje essas listas."Hoje, para se colocar uma espécie de planta na lista, é necessário verificar as bases de dados que existem no mundo inteiro, o nome da espécie, se existem outros nomes para ela. Esse é um trabalho muito difícil de fazer se forem olhadas publicações em papel". A professora explicou que, atualmente, há os bancos de dados em grandes herbários ( lugares onde as coletas de plantas são depositadas para estudos) que podem ser consultados na internet. A tecnologia, segundo ela, facilitou bastante esse trabalho. "Foi uma junção de tecnologia e esforço de coleta", acrescentou.Jeanine Felfili disse ainda que com a nova descoberta, ficou confirmado que o cerrado é a savana mais rica do mundo, tão rico quanto algumas áreas de florestas."O fato de se encontrar um número muito grande de espécies de plantas no cerrado, bem maior do que o esperado, é um alerta para as autoridades no sentido de que deve haver um programa de conservação bem feito no cerrado, porque enquanto a Amazônia tem unidade de conservação de 1 milhão de hectares, o cerrado só tem uma unidade de conservação pequena, então precisa criar uma unidade de conservação maior e ainda temos espaço para isso. E também estimular as pessoas para a educação ambiental, para que a gente tenha testemunhas da riqueza do cerrado".

Fonte: Agência Brasil

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