O empresário José Welber Arcanjo Barreto e o seu ex-empregado José Maria Duarte Oliveira, o "Gildo", pronunciados pela justiça como acusados de envolvimento no assassinato do também empresário Leônidas Francisco Rodrigues Filho, dono do Supermercado Major, ocorrido no dia 17 de janeiro de 1992, em frente a Associação dos Supermerca-distas do Piauí, localizada no bairro Jockey Club, serão levados à julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, no próximo mês, conforme pauta que está sendo elaborada pelo juiz Antônio Reis Noleto.

Levantamentos feitos pela Polícia Civil, através do delegado José Gonçalves de Almeida Neto, na época presidente do inquérito, o crime teria sido praticado por encomenda. José Maria, o "Gildo" e Giuvandro Lima Sucupira (já falecido) teriam recebido a quantia de Cr$ 1 milhão de cruzeiros, mas promessas de promoções dentro da empresa, para praticar o delito. Como mandante foi indiciado o empresário Welber Barreto e teria como motivação a disputa de um relacionamento entre os dois empresários com a então funcionária da Assembleia Legislativa Morgeana Pedreira Evangelista.

Na época do crime, poucos meses depois, os acusados foram denunciados pelo Ministério Público, através do então promotor e hoje procurador Alípio Santa Ribeiro, de cujo procedimento houve recurso por parte do advogado Palha Dias.

No decorrer da instrução criminal, "Gildo" e "Giuvandro" chegaram a ser presos por determinação judicial, mas foram postos em liberdade. No final, apenas Welber Barreto (hoje morando em Sobral-CE) e "Gildo" foram pronunciados, cuja decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado e pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ, em Brasília (DF) e agora os autos voltaram a 1ª Vara do Júri para julgamento dos acusados. O acusado Giuvandro Sucupira sofreu um acidente e durante vários meses ficou convalescendo,mas a informação no fórum criminal é que o mesmo foi óbito e, por esse motivo, não teria sido pronunciado.