Estudantes em ocupação na UFPI garantem resistência para votação da PEC 241 no Senado

Foto: Roberto Araujo

Estudantes ocupam reitoria da UFPI

Há uma semana em ocupação na reitoria da Universidade Federal do Piauí (UFPI), os estudantes veem com tristeza a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 em segunda votação na Câmara Federal, que ocorreu nesta terça-feira (25), mas garantem resistência para barrar durante a votação no Senado, que deve ser votado até dezembro.

De acordo com uma das estudantes que compõem o movimento OcupaUFPI, Milena Rocha, a adesão de estudantes de outras universidades em resistência podem barrar a proposta no Senado.

“São 96 universidades ocupadas no país, algumas universidades começaram a ocupação ontem e hoje depois da aprovação. Sentimos que é preciso resistir mais ainda para essa PEC no Senado”, afirma a estudante.

Os estudantes ocupam o prédio da reitoria desde a última terça-feira (18), quando adentraram no momento de uma reunião do Conselho Universitário e se instalaram. A estudante afirma que o movimento tem sido saudável, tendo em vista que oportuniza diálogos e discussões sobre a conjuntura nacional e local.

“A movimentação foi construída de estudante com estudante, a ocupação aconteceu e é um movimento histórico porque não foi algo cedido pelo reitor, houve uma pressão e nós resistimos. Nesse período, a gente sistematizou pautas para se reunir e pensar estratégias para barrar o retrocesso e fazer que as universidades e a classe trabalhadora não paguem o preço”.

A estudante frisa a discussão nacional que acontece nas mais de mil escolas, universidade e institutos federais ocupados. “O que está pautado no Brasil enquanto governo Temer é uma estratégia de que os trabalhadores, juventudes, escolas, precarizados paguem o preço da crise. E a gente se pergunta por que a gente tem que pagar e não a classe privilegiada?”.

Além da mobilização nacional, os estudantes reivindicam pautas locais. A estudante afirma que foi montada uma carta com as reinvidicações e esperam o comparecimento do reitor para assinar o recebimento.

“A gente tem as pautas prontas, já foram enviadas para o reitor Arimateia e esperamos ele hoje à tarde para assinar solenemente, uma coisa falada por ele é que a gente não entregou as pautas, e a gente entregou sim. Queremos garantir os restaurantes universitários, o ensino (...) a gente não quer que os retrocessos aconteçam na universidade”, frisou a estudante.