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ESTUDO

Pesquisadores da UFPI descobrem plantas de 280 milhões de anos no Rio Parnaíba

As plantas viveram ao mesmo tempo das plantas da Floresta Fóssil do Rio Poti em Teresina

Alinny Maria

Sexta - 07/02/2020 às 09:13



Foto: Divulgação Madeira petrificada
Madeira petrificada

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), descobriram duas novas espécies de  plantas do Período Permiano da Era Paleozoica nas margens do Rio Parnaíba, na Barragem Boa Esperança, situada em Nova Iorque do Maranhão. Os fósseis tem 280 milhões de anos e viveram  ao mesmo tempo das plantas da Floresta Fóssil do Rio Poti em Teresina. Eram plantas do grupo das gimnospermas, parentes dos pinheiros e das araucárias de hoje em dia.

A pesquisa foi liderada por Domingas Maria da Conceição, nascida em Amarante (PI) doutoranda em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, com participação de Juan Cisneros, Chefe do Laboratório de Paleontologia do Centro de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Piauí e  pesquisadores da UFRGS, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidad Nacional del Nordeste (Argentina).

Os nomes das espécies são: Novaiorquepitys que significa “medula de Nova Iorque” e Yvirapitys “medula da madeira”. (Yvira significa madeira em Guarani).  Este estudo fortalece as pesquisas paleontológicas feitas pela UFPI. 

“Esta pesquisa nos ajuda a saber como era o antigo ambiente do Brasil no final da Era Paleozoica, quando os continentes estavam unidos. Ela nos ajuda a saber como evolucionaram as plantas e de uma maneira geral nos ajuda a reconstruir a história do planeta Terra. Graças a estas pesquisas sabemos que o Maranhão e o Piauí estavam cobertos por bosques de gimnospermas no final da Era Paleozoica. Hoje em dia estas plantas só predominam no sul do Brasil”, explica o Prof. Dr. Juan Cisneros.

Local onde as plantas foram descobertas

O estudo foi divulgado na revista internacional Review of Palaeobotany and Palynology, considerada uma referência importante na área. Confira aqui.

Fonte: Com informações da UFPI

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