Foto: Lívia Brandão

O Piauí já apresenta altos índices de temperatura e baixa umidade do ar e a previsão é que haja uma intensificação desses valores nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro, o que pode influenciar no aumento do número de queimadas e problemas respiratórios.

Segundo a metereologista, Sônia Feitosa, o índice de umidade relativa do ar em todo o estado, de norte a sul estão muito baixos, mas a situação mais crítica é no sul do Estado e principalmente na região do extremo semiárido piauiense que abrange os municípios de Paulistana, Caracol, São Raimundo Nonato, Canto do Buriti, Itauêra e parte de Bom Jesus, onde os índices de umidade estão chegando a 10 % ou 12 %. Até mesmo no norte do Estado esses índices estão baixos, Teresina está com 22% e o litoral está com 35 %, mesmo com a presença do oceano. A média ideal para o conforto e saúde humana é de 50 % na umidade relativa do ar.

A baixa umidade do ar e as altas temperaturas implicam em danos à saúde como problemas respiratórios, oculares, ressecamento da pele e muitos outros que variam de acordo com o organismo de cada pessoa, geralmente nessa época as pessoas tem ressecamento de nariz, lábios rachados, podendo até ocorrer sangramentos.

Essa condição de baixa umidade prejudica também a vegetação no Piauí que já está sacrificada a alguns meses pela falta de chuva. “Com o vento e a temperatura elevada, a taxa de evaporação do solo aumenta fazendo com que aumente também o déficit hídrico e isso facilita as queimadas pois a vegetação fica vulnerável à combustão, qualquer fogo ou ponta de cigarro pode desencadear uma queimada e o vento faz com que esse fogo ganhe proporções maiores” afirma a meteologista.

Sônia aponta alguns cuidados que devem ser tomados para diminuir os efeitos desse fenômeno à saúde, “A tarde a gente tem que evitar sair desprotegido, deve-se usar protetor solar, roupas de mangas compridas, se possível roupas leves, usar sombrinha, chapéu, evitar fazer atividades físicas ou trabalhos que exijam exposição aos raios solares, podendo trocar de horário se possível, e também evitar queimadas de lixo nos quintais que é uma prática constante aqui no Piauí.”