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JUSTIÇA

Toffoli reabre investigação sobre atos de agressão a Moraes em Roma

O pedido de complementação das investigações foi feito pela PGR, segundo a decisão divulgada nessa quinta-feira (21)

Da Redação

Sexta - 22/03/2024 às 08:24



Foto: Carlos Moura/STF Ministro Dias Toffoli do STF
Ministro Dias Toffoli do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou que a Polícia Federal (PF), dê continuidade às investigações que apuram os atos de agressão ao ministro Alexandre de Moraes e sua família no Aeroporto de Roma, na Itália, no ano passado. O pedido de complementação das investigações foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo a decisão divulgada nessa quinta-feira (21).

A Polícia Federal já havia dado o caso como encerrado e apresentado as conclusões do inquérito, mas o Ministério Público quer saber se o empresário Roberto Mantovani manipulou o vídeo do caso e espalhou uma versão editada no WhatsApp.

"A ilustre autoridade policial identificou mensagem em que o episódio investigado é narrado de maneira distorcida da realidade, o que pode indicar o compartilhamento de conteúdo de vídeo gravado na ocasião e posteriormente manipulado para retratar um cenário fantasioso", apontou a PGR. "A falsa imputação da conduta criminosa ao Ministro foi realizada pelos investigados de maneira pública e vexatória. É claro o objetivo de constranger e, acaso, até de provocar reação dramática, tudo a ser registrado em vídeo e compartilhado", complementa.

O ministro Alexandre de Moraes e sua família foram hostilizados por três brasileiros no Aeroporto Fiumicino, em Roma, na Itália, quando voltavam para o Brasil. Os agressores foram identificados ao desembarcarem no aeroporto internacional de Guarulhos (SP). A PF ouviu os suspeitos e analisou as imagens captadas pelo sistema de segurança do aeroporto. De acordo com as investigações, o casal Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andrea Mantovani, e o genro, Alex Zanatta, estão envolvidos no caso.

Em seu relatório final, a PF concluiu que o empresário Roberto Mantovani cometeu o crime de "injúria real" - emprego de violência ou vias de fato para ofender a dignidade ou o decoro de alguém, mas decidiu não indiciá-lo porque o crime tem menor potencial ofensivo.

A defesa do casal afirma que seus clientes não têm relação com os fatos e trata o caso como um “equívoco interpretativo”.

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