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Investigação apontará se houve abuso em ação policial em morte de dete

detento morte DH apura

Sábado - 24/09/2011 às 18:09



 SÃO LUÍS - O detento Givanildo Gonçalves Lopes, que foi baleado por monitores do Centro de Detenção Provisória (CDP), durante tentativa de fuga na madrugada de terça-feira (20), morreu às 12h de ontem (23), no Hospital Clementino Moura, o Socorrão II, onde estava internado desde a madrugada de terça.

De acordo com os parentes de Givanildo Lopes, em relato a Comissão de Defesa dos Direitos Humandos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Maranhão, que está acompanhando o caso, depois de baleado durante a tentativa de fuga, ele teria sido espancado pelos monitores, ainda no CDP.

Para apurar as acusações de agressões, a Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária acionou a Corregedoria de Estabelecimentos Penais, que, segundo o secretário-adjunto João Bispo Serejo, já está apurando o caso desde a terça-feira. "Na terça, à tarde, fomos informados do estado grave de saúde do Givanildo Lopes. Imediatamente, mandamos uma equipe do serviço social ao hospital checar a situação dele. Assim que foi confirmada, nós encaminhamos à corregedoria a portaria de afastamento dos 10 monitores e um inspetor que agiram na conteção da fuga. Eles já estão sendo ouvidos", afirmou Serejo ao Imirante.com.

De acordo com Serejo, dois agentes de polícia estão constantemente no Socorrão II. "Como sempre há presos machucados, recuperando-se no hospital, temos esses policiais fixos no local", disse Serejo. Ele afirmou que eles também já foram ouvidos na investigação da corregedoria.

Tanto a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária, quanto a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos aguardam o laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre as causas da morte de Givanildo Gonçalves Lopes. O secretário-adjunto Bispo Serejo afirmou que o laudo será juntado à investigação e encaminhado para a polícia, para abertura de inquérito criminal.

De acordo com o presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Luis Antônio Pedrosa, a família relatou que depois de constatar que não havia UTI para Givanildo Lopes no Socorrão II, parentes tentaram atendimento em outras unidades de saúde de São Luís, mas nenhuma aceitou receber o detento, que acabou ficando no Socorrão II, sem o atendimento adequado. "Vamos apurar se houve negligência do hospital e da penitenciária", disse Pedrosa à TV Mirante.

O Imirante.com entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para obter esclarecimentos sobre o atendimento de Givanildo Lopes no Socorrão II. A Semus informou que ele deu entrada no hospital pela polícia, com traumatismo craniano gravíssimo, sem indicação de cirurgia, ficando internado até esta sexta, quando morreu.

A Secretaria de Estado de Direitos Humanos também enviará nota com posicionamento sobre o caso nesta tarde.

Fonte: Imirante

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