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Jovem é vítima de homofobia em Picos. Fato foi denunciado

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Terça - 19/07/2011 às 19:07



 Na manhã do último sábado (16) o jovem Antônio Alves, 23 anos, foi agredido verbalmente e injuriado publicamente por sua opção sexual. De acordo com Jovanna Baby, coordenadora do Movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros) de Picos, Tony – como é conhecido Antonio – é militante do Movimento e estava na casa de um amigo na Rua 1º de Maio quando um homem identificado como Valdemir teria entrado na residência e chamado o amigo de Tony para uma conversa particular.

Nesse momento, conforme Boletim de Ocorrência registrado na 3ª Delegacia Regional da Polícia Civil, Valdemir teria dito ao locatário da residência para “não se meter com pessoas do tipo de Tony, pois ficaria mal visto”, acrescentando que Tony também não deveria frequentar a banca de CDs do mesmo e que “se tais visitas fossem constantes ia até o dono da residência para pedir a casa, pois não permitia que este levasse esse tipo de pessoa a casas que ele era encarregado.”

Interrogado sobre como se sentiu diante da situação, Tony resumiu em uma única palavra: angústia. “Naquele momento senti como se eu não tivesse existindo. A gente fica muito mal.”

Jovanna Baby afirma que comportamentos assim são perigosos e lembrou a semelhança entre o caso e as cenas levadas ao ar recentemente na novela Insensato Coração, que ocupa a faixa das 9h na Rede Globo. “O brasileiro gosta muito de imitar e aí estão se reproduzindo falas perigosas que precisam ser punidas”, declarou ressaltando que o Movimento irá denunciar todo e qualquer caso dessa natureza.

Como a homofobia ainda não é um crime previsto em lei, Jovanna lembrou que os comportamentos homofóbicos são enquadrados nos crimes típicos de situações como essa: calúnia; injúria; difamação; e perseguição. “O cidadão não tem que ser julgado pela sua sexualidade. O cidadão tem que ser julgado pelo seu caráter e pela sua competência perante a sociedade”, completou.

Esse é o primeiro caso de ocorrência de ataques verbais e injúria registrado pelo Movimento LGBT de Picos. “Precisamos entender que o mundo é para todos. Nós pagamos as imposições públicas da mesma forma que os heterossexuais, então os direitos são iguais: nem mais nem menos. Nós só queremos respeito”, ressaltou mais uma vez a líder do Movimento LGBT de Picos.

Fonte: riachaonet

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