Foto: Alepi
Deputado estadual Robert Rios (PDT)
O deputado Robert Rios (PCdoB) ocupou a tribuna na sessão desta quarta-feira (28) para denunciar a soltura de 376 presos pela justiça nos últimos três meses, o que, segundo ele, é o fator responsável pelo aumento da violência na capital de forma assustadora, levando intranquilidade para os lares dos piauienses.
Robert Rios começou dizendo que ficou curioso com o inesperado aumento da violência em Teresina, apesar dos esforços das polícias civil e militar, até que tomou conhecimento do relatório que informava a quantidade de presos que haviam sido soltos nos últimos três meses. “Foram 17 presos soltos no mês de junho, em julho pulou para 139 e agosto foram mais 143, o que deu um total de 376 marginais de voltas às ruas estuprando, matando, assaltando, vendendo drogas, transformando as nossas vidas em um caos”, lamentou Robert.
Em aparte o deputado João de Deus(PT) concordou com Robert e disse que o fato do aumento da violência é comprovado todas as segunda-feiras nas manchetes dos jornais: “tantos mortos no final de semana”. Ele indagou para Robert, que é especialista em segurança: “Quem é o culpado por isto? A Justiça?, as leis? Os prazos?”, sugerindo em seguida que estas respostas devem buscadas em uma audiência pública que a Assembleia pode convocar, nos próximos dias, envolvendo os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo.
Experiências próprias
Concordando também que o tema preocupa e exige respostas imediatas, o deputado Antônio Félix (PPS) disse que hoje “os cidadãos estão presos – em condomínios fechados, apartamentos, etc - e os bandidos soltos”; enquanto outros dois aparteantes – Flora Isabel(PT) e Evaldo Gomes(PTC) contaram que eles próprios haviam sido vítimas recentes desta soltura de bandidos.
Evaldo contou que foi assaltado dentro de sua própria residência, quando os bandidos chegaram a colocar o revolver na cabeça de sua esposa, levando pavor a todos. Ele disse que a polícia até agiu rápido e, no mesmo dia, prendeu dois receptadores dos furtos. Em exatos doze dias eles estavam soltos e os executores do assalto nunca foram molestados. O delegado alega que não consegue um mandato de prisão para tirá-los de circulação, mesmo que por pouco tempo. “Enquanto isto os bandidos ficam se drogando nas esquinas rindo da cara da gente”, lamentou o deputado Evaldo.
A deputada Flora Isabel também contou sua experiência chocante com a bandidagem. Disse que foi assaltada na porta da casa de seu pai, quando saia acompanhada pelas filhas. “Nós ficamos apavoradas e traumatizadas com a ação dos bandidos, que estavam armados de revolver e depois sairam tranquilamente. Dias depois voltaram ao mesmo local e assaltaram um salão de beleza e umas pessoas que participavam de uma festa numa residência”, contou Flora.
Os deputados combinaram de convocar uma audiência pública para debater o tema que mais afinco e buscar soluções. “Do jeito que está é que não pode ficar”, disse o deputado João de Deus.
Fonte: Alepi
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