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A polícia procura os autores das ameaças de morte feitas a homossexuais em Teresina, entre elas contra a diretora do Grupo Matizes, movimento de combate ao preconceito homossexual na capital. As investigações avançaram esta semana e a Delegacia dos Direitos Humanos já sabe de onde partiram as intimidações.

"Nós fizemos como toda pessoa que sofre uma violação de direito deve fazer, que é denunciar aos órgãos competentes, à delegacia, aos serviços de apuração de violação de direito e estamos
aguardando uma resposta satisfatória", disse Marinalva Santana, diretora do Grupo Matizes.

Segundo Marinalva, o grupo que se intitula Irmandade Homofóbica fez mais três ameaças. Em uma delas chegou a colar um cartaz com anúncio de morte no carro de uma das ativistas do Matizes. O caso foi parar na Delegacia dos Direitos Humanos, que registrou três boletins de ocorrências e investiga a origem das intimidações.

Para o delegado Sebastião Escórcio, quem prática este tipo de crime está sujeito à penalidades. "Estas declarações não são só crimes de ameaças, mas de apologia ao nazismo, que é conhecida como lei do racismo. Ela pune qualquer conduta discriminatória como grave e com pena de reclusão de dois a cinco anos", explicou.

De acordo com o Gurpo Gay da Bahia, no ranking de 10 estados pesquisados, o Piauí é o 8º mais perigoso para os homossexuais. Somente no ano passado, 10 homossexuais foram assassinados no estado.