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Metalúrgico é morto a pauladas por ex-cunhado na zona rural de Nazária

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Quarta - 18/05/2011 às 22:05



O metalúrgico José Soares foi brutalmente assassinado no povoado Novo Santo Antonio, zona rural de Nazária. Segundo familiares, ele teria sido espancado até a morte pelo ex-cunhado, Francisco Pereira de Sousa, com duas estacas de madeira.

O crime aconteceu na casa do ex-sogro, na madrugada do último sábado (14). A irmã da vítima, que prefere não se identificar com medo de represálias, conta que José Soares já havia sido agredido outras vezes pela ex-mulher, Patrícia da Conceição Sousa, 24 anos, com quem possui dois filhos, um menino de 3 e uma menina de 6 anos.

"Desde que ele se juntou com ela a vida dele foi só sofrimento. Ela já tinha colocado uma corda no pescoço dele, já tinha queimado as costas dele com ferro de passar roupa enquanto ele dormia e já deu duas facadas na perna dele", contou a irmã.

A irmã comentou ainda que o motivo do assassinato teria sido porque o metalúrgico teria tocado fogo na casa em que o casal morava, localizada no povoado Novo Santo Antonio, mas questiona: "se ele tivesse tocado fogo, porque ficaria lá? Testemunhas dizem que ele foi muito humilhado. A ex-mulher esfregou o dinheiro da pensão na cara dele. O acusado mandou ele tirar a roupa e deixou só de cueca. O que eu quero é Justiça", finalizou a jovem.

Versão
O titular do 23º DP, Francisco Carvalho, acompanhou o trabalho da perícia na manhã desta quarta (18) e acredita que o crime teve motivação passional. “Há informações de que a vítima estava em um festejo do povoado, bebendo, e depois foi visto com um litro de querosene próximo da casa. Além disso, já havia sido denunciado por agressão contra a ex-mulher”, revela o delegado.

O sogro da vítima, Francisco Pereira de Sousa, conta que no dia da morte seu genro tinha ido em sua casa falar com Patrícia, que não quis recebê-lo. Horas depois, José foi para a festa e retornou às 3h da madrugada embriagado, dizendo que amava Patrícia, após a casa ter sido incendiada.

"Foi quando eu disse para ele ir embora que ela já estava dormindo. Mas ele continuou insistindo, foi quando meu filho chegou pegando ele pelo pescoço e perguntando ‘foi tu que tocou fogo na casa da minha irmã?’ Ele disse que sim”, conta Pereira. Seu filho, Francisco de Assis, saído há sete meses da prisão por porte ilegal de arma, teria ameaçado a ele e a ex-mulher da vítima que tentaram impedir a agressão. “Foi quando a minha mulher passou mal e eu saí de lá pra casa de uma vizinha. A gente só ouvia a pancada”, narra.

Patrícia conta que viu a agressão, mas após ser ameaçada pelo irmão, pôde apenas acompanhar de longe. “Pra mim, já estava tudo acabado entre nós. Ele me agredia bastante. Mesmo depois de tudo, eu levei pro hospital e fiquei do lado dele até a irmã dele chegar. Eu e meu pai fomos à polícia denunciar o meu irmão”, diz.

A ex-mulher da vítima rebate as acusações da ex-cunhada. “Essa história da corda foi ele que tentou se matar e eu impedi. A do ferro é porque eu estava passando a roupa da minha filha e ele chegou bêbado tentando me agredir e eu joguei o ferro nele. As facadas foi uma vez que eu briguei com ele porque ele esqueceu minha filha na creche até as sete da noite e depois saiu com ela pra um bar. Eu disse que ele não podia fazer isso e ele veio me enforcando”, descreve, mostrando cicatrizes e marcas, que seriam das agressões.

Fonte: Da redação

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