Oleiros estimam produzir até 3 mil tijolos ecológicos diariamente

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Os \"tijolos\" da droga estavam em um fundo falso em um carro Foto: imirante

 A confecção de tijolos ecológicos já está sendo uma alternativa de sustentabilidade financeira para os oleiros da zona Norte da capital. Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a produção desse tipo de tijolo também requer um menor custo. A atividade de olaria, agora associada ao uso de máquinas, é resultado do projeto Olaria Ecológica Comunitária de Teresina, desenvolvido pela Prefeitura de Teresina, através da Secretaria Municipal de Economia Solidária (Semest).

Com a implantação desse projeto, o presidente da Associação Teresinense dos Profissionais em Olaria, Luís Felipe, afirma que a produção diária é de aproximadamente 500 tijolos, mas que esse número deve crescer exponencialmente. “Ainda estamos produzindo uma média de 500 por dia, mas pretendemos fabricar uma quantidade bem maior, chegando a 3 mil”, conta ele, destacando ainda que há a possibilidade de fechar um negócio com um cliente de Colônia do Gurgueia.

Francisco Brito, mais conhecido como Chiquinho, oleiro há cerca 18 anos, enxerga com bons olhos essa parceira entre a Associação dos Oleiros e a Prefeitura, e acredita que o mesmo pode contribuir significativamente com o seu trabalho. “Nós estamos indo, trabalhando, e eu estou vendo que esse projeto tem tudo para continuar dando certo e que pode ajudar mais no trabalho da gente”, disse.

O secretário municipal de Economia Solidária, Olavo Braz, frisa que o projeto Olaria Ecológica Comunitária de Teresina está dentro dos princípios da economia solidária, como a autogestão e cooperação, e que contempla, dentre outros pontos, dar assistência técnica aos oleiros. “A Semest também inclui a parte das orientações técnicas para oleiros, que é a etapa da comercialização dos produtos”, pontua, ressaltando que o projeto visa a geração de renda para esses trabalhadores remanescentes do Lagoas do Norte.

A fabricação desse tipo de tijolo está sendo executada com o auxílio de três prensas hidráulicas, um processo que dispensa queima de madeiras ou carvão mineral, pois não há necessidade de levá-lo ao forno, o que acaba por anular a emissão de gases poluentes na atmosfera durante a fabricação, o que não ocorre nos processos de fabricação tradicionais. Além disso, evita o desgaste físico dos trabalhadores e resulta em tijolos ecológicos com acabamento de qualidade.

Ou seja, o projeto envolve três aspectos de sustentabilidade: sustentabilidade ecológica, pois abrange a proteção do ecossistema e dos recursos naturais; sustentabilidade econômica, posto que tem baixo custo de produção e fácil acessibilidade dos materiais utilizados; sustentabilidade social, gerando mais qualidade de vida e de saúde para os oleiros.

A assinatura do convênio entre a PMT/Semest e a Associação Teresinense dos Profissionais foi realizada em 2014, bem como a entrega das máquinas para a fabricação de tijolos ecológicos, mas, antes disso, os oleiros já haviam passado por capacitação, para compreenderem como se dá essa técnica de produção.

Uso do tijolo ajuda a reduzir custos da obra

A atividade oleira é uma das formas de atividades econômicas mais antigas de Teresina. Porém, com a extração irregular da argila, a área das olarias tornou-se degradada, obrigando os trabalhadores e trabalhadoras a migrarem para outro local em busca da matéria-prima e, assim, dar continuidade ao seu ofício.

Pensando em otimizar o trabalho dessas pessoas, a Prefeitura de Teresina viu como alternativa a implementação do projeto “Olaria Ecológica Comunitária de Teresina”, que tem como finalidade a fabricação de tijolos ecológicos, sendo esta um modelo de produção que demanda um menor custo financeiro.

A tecnologia de confecção de tijolos ecológicos apresenta-se como uma nova forma, que não degrada o meio ambiente e permite a utilização de outras substâncias em sua fabricação, como o uso de cascalhos, cimento ou restos de construção. Além de não causar degradação ambiental, esse modelo diminui os custos da obra porque se utiliza a técnica de encaixe (sistema modular), posto que diversos materiais como reboco e pintura são dispensados.

Fonte: semcom

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