A Prefeitura de Teresina apresentou  ontem (03) o projeto executivo de intervenções no Parque Floresta Fóssil, durante encontro da Rede Pense Piauí, que congrega instituições e membros da sociedade civil organizada.

“O Parque Municipal Floresta Fóssil foi criado em 1993, como parte do interesse da Prefeitura de Teresina na preservação desse patrimônio. Visando a essa preservação, a Prefeitura elaborou um projeto executivo, a partir do plano de manejo elaborado pelo IPHAN, para tornar esse parque útil para a cidade, ou seja, nosso entendimento é que, quanto mais ele for visitado e conhecido, mais a comunidade se apropriará dessa riqueza e ajudará a preservá-la”, comentou Constance Jacob, secretária executiva de Planejamento Urbano da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (SEMPLAN).

De acordo com a secretária executiva, o Parque Municipal Floresta Fóssil está contemplado no Plano Diretor de Turismo de Teresina e o projeto executivo das intervenções inclui o manejo integrado das unidades de conservação dos dois lados do Rio Poti.

“O projeto contempla passarelas de visitação, centro de apoio ao visitante, iluminação, trilhas, píers, sinalização turística, calçadões, equipamentos de mobilidade para pessoas com deficiência e a criação de um museu paleontológico, tão esperado pela comunidade científica e acadêmica. O projeto executivo está finalizado, com todos os seus projetos complementares, e irá agora para a fase de captação de recursos”, explicou Constance Jacob.

Para o paleontólogo responsável pelo Laboratório de Paleontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), professor doutor Juan Carlos Cisneros, a floresta petrificada traz informações importantes não apenas sobre a história do Piauí, mas de todo a Terra.

“Essa floresta é mais antiga que os dinossauros e possui muitos vestígios de plantas e animais. É muito valiosa, porque possui troncos fossilizados na vertical, na mesma posição de quando tinham vida, únicos no Brasil e muito raros no mundo inteiro. Teresina precisa avançar e criar, além de uma estrutura permanente de visitação e preservação, um museu que permita a observação desses fósseis e o desenvolvimento de pesquisas científicas. A cidade precisa compreender a importância desse tesouro, bem no seu coração, perto dos shoppings, de hotéis e do aeroporto. O potencial é imenso”, destacou Juan Carlos Cisneros.

O juiz federal Carlos Augusto Pires Brandão, um dos articuladores da Rede Pense Piauí, ressaltou a importância da mobilização da sociedade civil para garantir os recursos necessários para a realização das intervenções propostas pela Prefeitura de Teresina no Parque Municipal Floresta Fóssil: “O poder público não tem a capacidade de, sozinho, resolver todas as questões. A sociedade precisa se mobilizar para a preservação de nossas riquezas e, nesse ponto específico, para auxiliar a Prefeitura a conseguir os recursos necessários para realizar as melhorias de que o Parque necessita. Precisamos estar todos unidos para encontrar e viabilizar as fontes de financiamento rapidamente. Iremos lançar a Carta Teresina, declarando essa intenção e vamos nos articular cada vez mais com as instituições e com os cidadãos para, juntos, dotarmos o Parque Municipal Floresta Fóssil não apenas de um museu, mas de toda a estrutura que ele carece”, encerrou.