Policiais da Delegacia Especial do Maiobão, em São Luís(MA) prenderam, ontem, na Vila São José, Alzemar Abreu, 39 anos, que confessou ter assassinado a mãe dele, Maria do Amparo Abreu, 68 anos. O crime ocorreu no interior da casa da vítima, localizada na Rua São Pedro, casa 25, na Vila Isabel Cafeteira, área da Cohab, no dia 28 de agosto de 2005, segundo o delegado Sebastião Cabral."Vou tomar chumbinho" - No dia do matricídio (filho que mata a mãe), de acordo com Sebastião Cabral, Abreu ainda deixou um bilhete ao lado do cadáver no qual confessava que tinha \'feito uma besteira e que nunca seria preso porque iria tomar chumbinho\'. As investigações e instauração do inquérito policial ficaram a cargo do delegado Arlindo Assunção, à época titular do 6º DP (Cohab), mas a peça foi concluída pela delegada Maria de Jesus Sousa Melo, que a enviou para a Justiça. O processo tramita na 4ª Vara Criminal de São Luís que tem como titular a juíza Marília Milhomem.Dopou, matou a mãe e foi assaltar... - Ainda segundo o delegado Cabral, no mesmo dia em que matou a mãe, Alzemar fez um assalto ao terminal de cargas da TAM (Transportes Aéreos Marília), no aeroporto e roubou cerca de R$ 5 mil, após arrombar o cofre. Antes de praticar o matricídio o filho teria \'dopado\' a mãe dele com dois comprimidos de Diazepan, dois de Neozim e dois de Zacnetok. "Quando a velha \'apagou\', ele colocou uma banana na boca dela e depois a asfixiou com um lençol", disse Sebastião Cabral.Parentes denunciam furto - A prisão do assassino ocorreu em virtude de uma denúncia feita por um parente seu, dando conta de que Alzemar havia roubado um fogão e uma geladeira de sua casa para vender e, certamente, comprar drogas, pois ela confessa que é usuário de substâncias entorpecentes.Relembrando - Vizinhos arrolados como testemunhas contaram ao delegado que só acharam o corpo porque sentiram falta da vítima, que tinha por costume acordar cedo e ficar na porta, conversando. "Quando entramos na casa, percebemos que ela estava caída em uma poça de sangue. Ao lado do corpo encontramos uma carta escrita pelo filho dela, o Alzemar, dizendo que tinha feito uma besteira, mas não iria ser preso porque se envenenaria com chumbinho", relatou uma delas, que não quis revelar o nome.Batia e tomava dinheiro da mãe - A maioria dos moradores da Rua São Pedro afirmou que o acusado (réu confesso) seria usuário de drogas e todas as vezes que precisava de dinheiro e não conseguia, vendia objetos da mãe. Ele costumava discutir e até a bater na mãe dele. Alzemar estava foragido desde o dia do crime.
Fonte: Jornal Pequeno
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