Polícia não desvenda execução de agente penitenciário

Piauí Hoje


A exemplo de diversos outros crimes que ocorreram em Picos e ficaram impunes, a execução do agente penitenciário José Genésio Leal, de 44 anos, está prestes a completar três meses e até o momento a polícia não tem qualquer pista que leve ao paradeiros dos criminosos. Não existe, sequer, uma linha de investigação para esclarecer o fato, que teve ampla repercussão em todo o estado.José Genésio Leal foi assassinado com 20 tiros disparados por três armas de calibres diferentes na noite de 10 de setembro último, no povoado Tamboril, município de Sussuapara. O agente, que era lotado na Penitenciária Regional "José de Deus Barros", em Picos, caiu em uma emboscada após receber um telefonema marcando um encontro no local onde acabou sendo executado.A princípio, o crime foi investigado pelo delegado de Sussuapara, que é sargento da Polícia Militar. No entanto, atendendo solicitação do Simpoljuspi, o delgado geral da Polícia Civil, James Guerra, avocou os autos do processo e transferiu as investigações para o comando do delegado geral da Polícia Civil de Picos, Antônio Jorge Ferreira. Mesmo defendendo a tese de que o delito, em função de sua complexidade, deveria ser investigado pela Comissão de Combate às Ações do Crime Organizado (Cico), o delegado Jorge Ferreira assumiu o comando das investigações e anunciou uma série de providências, dentre as quais o pedido de quebra de sigilo telefônico da vítima e do telefone público onde ele recebeu a última ligação.Durante as investigações comandadas pelo delegado Jorge Ferreira a polícia não conseguiu apurar muita coisa, mas, um fato chamou atenção dos responsáveis pelo inquérito, pois, no dia em que José Genésio foi morto em Sussuapara, um amigo do mesmo conhecido como Sérgio foi executado em Fortaleza-Ceará. Devido a essa coincidência, os policiais não descartam a possibilidade dos dois crimes terem relação.Convicto de que as investigações não estavam tendo o efeito esperado, o secretário estadual de Segurança, deputado Robert Rios Magalhães, determinou que a partir do último dia 23 de outubro a Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico) assumisse o caso do agente penitenciário José Genésio Leal. A partir de então as investigações passaram a ser comandadas pelo delegado Riedel Batista, entretanto, o trabalho não avançou muito e mais de um mês após a mudança de estratégia, o crime continua da mesma forma, ou seja, com a sua autoria desconhecida e a polícia sem nenhuma linha de atuação definida.

Fonte: jornaldepicos

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