Foto: Sinpoljuspi
Os barracos construídos dentro da Penitenciária Major César, em Teresina
Um novo escândalo envolvendo a administração do sistema penitenciário do Estado veio à tona nesta quinta-feira (4), durante audiência pública na Justiça Federal. A direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí entregou ao procurador da República no Piauí, Kelston Lages, cópia de um vídeo mostrando um barraco, feito de tábuas e tijolos e coberto com telhas, construído dentro do terreno da Major César, onde houve uma “rebelião” de terça-feira (2).
O vídeo mostra o casebre por fora e por dentro, o quintal nos fundos do barraco, onde são cultivadas várias mudas já bem crescidas de pimenta malagueta, mamão e outras variedades, o que revela que aquela construção irregular já existe há muito tempo.
A Colônia Agrícola Major César Oliveira abriga presos do regime semi-aberto, que podem trabalhar fora e retornar para o presídio para dormir nas celas – ou nos alojamentos improvisados. No vídeo, energia elétrica, colchão, ventilador e outras “mordomias”. As imagens foram gravadas pelo presidente do Sinpoljuspi, Kleyton Holanda,
Pano de fundo
A rebelião de terça-feira teria sido provocada por um disparo de arma de fogo, feito por um agente penitenciário.
A Secretaria de Justiça já abriu sindicância para apurar se esse foi o motivo, o “estopim”, que provocou a rebelião.
Há informações de que o motim serviu como “cortina” para o verdadeiro objetivo dos internos no regime semi-aberto, que era a destruição do aparelho de “raio x”, usado na inspeção de mochilas, sacolas e outros recipientes onde familiares levavam comida, roupas e outros objetos para os 604 presos mantidos naquela unidade prisional – que tem capacidade para apenas 200.
Sem o raio x, é mais fácil a entrada de pessoas com drogas, celulares e armas nas dependências da penitenciária.
Energia elétrica, ventiladores, cadeiras, mesas, panelas, garrafa térmica... (Foto: Sinpoljuspi)
Colchão de mola, redes e roupa de cama no barraco construído dentro da Major César, em Teresina (Foto: Sinpoljuspi)
Fonte: Sinpoljuspi
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