Educação

Policiais Civis ameaçam fazer greve outra vez

Piauí Hoje

Sexta - 19/12/2008 às 02:12



Os policiais civis do Maranhão ameaçam fazer uma nova paralisação por tempo indeterminado, assegurou o presidente do Sindicato da Categoria, Amon Jessen. Na segunda-feira, 22, às 17h30, no Complexo Policial da Beira-Mar, os policiais promoverão Assembléia para definir sobre a greve.Em entrevista á rádio Mirante AM, Amon fez duras críticas a postura do Secretário de Planejamento Abelaziz Abud Santos, contrário ao projeto do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração proposto pela Comissão de Policiais.Assembléia LegislativaPreocupado com uma nova paralisação da categoria, os deputados Francisco Gomes, Raimundo Cutrim e Max Barros, todos do DEM, fizeram um alerta ao governo do Estado nesta quinta-feira, 18, com relação à crise por que passa o sistema de segurança, que poderá se agravar com a iminente greve dos policiais civis.Segundo eles, o governo não cumpriu o acordo firmado com a categoria no que diz respeito ao Plano de Cargos Carreiras e Salários.Chico Gomes lembrou que o Maranhão amargou neste ano a "mais intensa greve [dos policiais civis] de todos os tempos", que durou aproximadamente 45 dias. Ele destacou a criação de uma comissão paritária (formada por representantes da Polícia Civil e governo) para elaborar o Plano de Cargos Carreiras e Salários da categoria como parte do acordo que pôs fim à greve. De acordo com Gomes, o plano deveria vigorar a partir de 2009.- Esses policiais agiram com muita maturidade quando encerraram uma greve que já prejudicava a população de todo o Estado. Eles creditaram na palavra do governo sem ter praticamente nenhuma de suas reivindicações grevistas atendidas - avaliou Max Barros.Raimundo Cutrim destacou que a comissão realizou 42 reuniões para debater amplamente as reivindicações da categoria e que resultou na elaboração de um documento. Segundo ele, quando as propostas chegaram às mãos do secretário de Planejamento, todo o trabalho foi desfeito. "O governador mais uma vez não cumpriu a sua palavra. O Aziz [Santos, secretário de Planejamento] mais uma vez é quem manda no Estado".- O governador deveria chamar as classes e tentar um acordo. Uma greve, principalmente no final do ano, não é bom, recomendou Cutrim.Max Barros também comentou a atitude do secretário de Planejamento. "Ele disse que aquilo era uma brincadeira, que ele não tinha condições de encaminhar o que foi elaborado, em conjunto com o próprio governo, para Assembléia, e ainda apresentou outro documento que, em vez de avançar, retroagiu", disse Max Barros.Barros citou que hoje vigora um aumento de 5% quando ocorre a mudança de classe, mas a nova proposta reduz esse percentual para 3%. Outro retrocesso, de acordo com Max Barros, é com relação ao tempo para a mudança de classe. "A mudança era de 5 anos entre cada classe. Agora, da terceira para a segunda, passou a ser 8 anos, das outras passou a ser 6 anos", detalhou.Ainda com relação às promoções, Barros disse que elas entram em atividade imediatamente, mas com a nova proposta elas serão feitas no mês de setembro para só entrar em vigor em 2010.

Fonte: Imirante

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: