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 Morreu no final da tarde de ontem (3 de outubro de 2014), no Hospital Prontomed, no Centro de Teresina-PI, o policial civil Marcel Franklin Lima, 29 anos, casado, que foi atingido no abdômen com um tiro de uma arma carabina ponto 40, quando estava de plantão na Delegacia de Polícia de Curimatá-PI, no final da noite do dia 24 de setembro deste ano (2014).

Segundo o Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (SINPOLPI), Constantino Júnior, o agente Marcel Lima estava no seu segundo plantão como policial civil, na Delegacia de Curimatá, quando foi atingido pelo tiro da arma carabina, que no momento estaria em poder de outro policial. De acordo com o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, o colega de Marcel foi manusear a arma, quando esta teria disparado acidentalmente e o tiro o atingiu. O agente Marcel Lima que foi nomeado recentemente pelo governador José Filho (PMBD) era formado em direito e é filho da escrivã da Polícia Civil do Piauí, Teresinha Lima, que trabalha no 1º Distrito Policial de Teresina-PI.

Marcel Lima depois de baleado dentro da Delegacia de Curimatá, que fica a 775 km da Capital do Piauí, no Sul do Piauí foi levado para o Hospital Tibério Nunes, em Floriano-PI, onde recebeu cuidados médicos e por volta das 4 horas da madrugada do dia 25 de setembro foi transferido em uma Ambulância do SAMU para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), de onde em seguida, ele foi transferido para o Hospital Prontomed, onde não resistiu ao balaço e acabou morrendo no final da tarde da última sexta-feira (3 de outubro de 2014).

O corpo do agente Marcel Lima foi velado durante toda a noite de sexta-feira e madrugada deste sábado (4 de outubro), na Funerária São João Batista, em Teresina, sendo sepultado por volta das 11 horas de hoje (sábado), no Cemitério do Bairro Buenos Aires, na Zona Norte da Capital Piauiense.

O Presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior acompanhou o sepultamento do agente Marcel Lima, que foi morto antes de receber o seu primeiro salário como policial civil. A morte do agente Marcel Franklin Lima que residia no conjunto Nova Teresina, na Região da Grande Pedra Mole, na Zona Leste de Teresina será apurada através de um inquérito que será instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil do Piauí. A corregedoria vai investigar se foi um crime culposo (sem intenção) ou se existe um responsável pelo disparo, que matou o policial Marcel.

O Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí, Constantino Júnior, durante o enterro do agente Marcel Lima questionou o curso que a Academia da Polícia Civil do Estado do Piauí vem fazendo na preparação de seus policiais. Segundo Constantino, o curso do qual o agente Marcel e vários outros policiais participaram na Academia da Polícia Civil, foram efetuados apenas 30 tiros, enquanto que na Polícia Federal quando o policial está sendo preparado ele terá que efetuar até 800 tiros.

O Presidente do Sinpolpi relatou que foi informado de que foi distribuído aos novos policiais civis nomeados recentemente pelo governador José Filho, revólveres calibre 38, o que segundo ele, não é arma mais para ser usada pela Polícia Civil. Constantino afirma que os policiais foram treinados com pistolas ponto 40 e teriam recebido revólver calibre 38. Ele disse que já oficiou ao Delegado Geral da Polícia Civil, James Guerra Júnior sobre o caso e está aguardando resposta.

O Presidente do Sinpolpi disse que a Academia da Polícia Civil do Piauí terá que preparar melhor os policiais civis, e que o policial só deverá usar uma arma quando estiver totalmente preparado, sabendo manusear a referida arma e até desmontar. Constantino afirmou que vai pedir providências ao Ministério Público com relação a cautela das armas que foram feitas aos policiais nomeados recentemente pelo Governo do Estado.