Política

Renan confessa que livrou a cara de Gleisi Hoffmann e do Marido e se explica em nota

A fala de Renan provocou ainda mais confusão. Muitos senadores partiram para cima do presidente

Sexta - 26/08/2016 às 18:08



Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)
Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)

A confusão entre Renan e Gleisi se iniciou quando o presidente do Senado, em uma tentativa de acalmar os ânimos de outros senadores que discutiam, pediu a palavra para pedir mais tranquilidade no plenário. Em seu discurso, ele condenou declarações políticas, citando como exemplo a senadora Gleisi.

"Ontem, a Senadora Gleisi chegou ao cúmulo de dizer aqui para todo o País que o Senado Federal não tinha moral para julgar a Presidente da República", disse, e em seguida foi acusado por algum dos senadores fora do microfone de estar tentando colocar mais fogo na confusão.

"Eu quero tocar fogo, não! Eu quero dizer que isso não pode acontecer. Como uma senadora pode fazer uma declaração dessa? Exatamente, uma senadora que, há 30 dias, o presidente do Senado Federal conseguiu, no Supremo Tribunal Federal, desfazer o seu indiciamento e do seu esposo", afirmou.

A fala provocou ainda mais confusão. Muitos senadores partiram para cima do presidente do Senado. Lindbergh Farias (PT-RJ) gritava "baixaria, baixaria!", enquanto outros bate-bocas paralelos se alastravam pelo plenário.

Julgamento de Gleisi

Coincidentemente, o julgamento sobre a aceitação da denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), inicialmente previsto para ocorrer na próxima terça-feira (30), foi adiado. O caso foi retirado da pauta da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por decidir se torna a senadora e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, réus na Lava Jato.

A defesa de Gleisi afirmou que não fez pedido de adiamento, mas confirmou ter recebido a informação do Supremo de que o caso ficaria fora da sessão da próxima semana.

Nota

Em nota divulgada nesta sexta-feira (26), o presidente do Senado, Renan Calheiros, reitera a isenção com que conduziu o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e lamenta as "recorrentes provocações" em Plenário.

Veja a íntegra da nota:

"As referências feitas pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), na sessão desta sexta-feira (26), são alusivas a duas petições (anexadas) protocoladas pela Mesa Diretora da Instituição perante o Supremo Tribunal Federal.

Trata-se de manifestação pública e institucional decorrente da operação de busca e apreensão realizada no imóvel funcional ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do indiciamento da senadora pela Polícia Federal.

A reclamação 24.473 versa sobre a preservação da imunidade parlamentar na operação de busca de apreensão em imóvel do Senado Federal da senadora.

Já na reclamação 23.585, que trata do indiciamento da senadora pelo delegado da Polícia Federal, o Senado Federal tentou desfazer ao indiciamento pela Polícia Federal.

A pretensão da Instituição foi julgada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki,  no dia 11 de maio, quando o relator consignou que a “reclamante acabou denunciada pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro” no inquérito 3.979.

Como se constata, as intervenções do Senado Federal são impessoais, transparentes e ditadas pelo dever funcional no intuito de defender a Instituição e as prerrogativas do mandato parlamentar.

O Presidente do Senado Federal reitera a isenção com a qual conduziu todo o processo e lamenta as recorrentes provocações em Plenário".

Fonte: Politicanarede.com/Agência Senado

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