Educação

Representante do DP sofre um atentado no interior

Piauí Hoje

Segunda - 19/04/2010 às 03:04



O clima no município de Paulistana, a 452 quilômetros ao Sul de Teresina é tenso devido aos recentes acontecimentos violentos registrados nos últimos dias, principalmente envolvendo policiais militares que deviam fazer justamente o contrário e dá segurança ao morador. Após o episódio envolvendo um PM acusado de atirar 17 vezes ao tentar entrar sem pagar numa festa, o representante deste DIÁRIO DO POVO daquele município sofreu um atentado quando se encontrava sentado na frente de uma escola. O fato já foi denunciado às autoridades e o Ministério Público prometeu abrir uma investigação sobre o caso. Segundo José Evangelista de Lima Sobrinho, 24 anos, o representante do DP, o fato aconteceu por volta de das 20h30 na avenida Marechal Teodoro, a principal da cidade. Ele estava sentado quando um motociclista em alta velocidade com roupas escuras e usando um capacete, se aproximou um atirou um pedaço de pau contra a sua pessoa.O objeto atingiu às costas da vítima que ficou ferida enquanto o acusado se evadiu em alta velocidade sem ser identificado. Evangelista deu queixa no quartel, mas somente uma hora mais tarde uma guarnição da PM esteve no local para fazer algumas diligências, mas o acusado não foi identificado.A esse fato junta-se outros dois acontecidos dias antes em Paulistana. No final de semana anterior um PM identificado apenas por Gustavo, visivelmente embriagado, tentou dá uma "carteirada" em um clube da cidade onde acontecia uma festa. Como o segurança do local não permitiu a sua entrada sem pagar, o PM sacou de um revólver da corporação e deu pelo menos 17 tiros, segundo testemunhas.Um deles atingiu o segurança na perna e a vítima está imobilizada sem poder traba-lhar.Na terça-feira(13), o PM acusado se apresentou na delegacia e por determinação do Comando Geral da PM em Teresina, foi preso. Só que na chegada no acusado à delegacia, aconteceu outro fato no mínimo intimidador. Evangelista Lima estava no meio da rua registrando as imagens e pegando informações para encaminhar ao DP quando foi "peitado" por outro PM identificado apenas como "Cleisson". Amigo do soldado preso, "Cleisson" que não estava sequer na comitiva, mas prestava serviço na agencia bancária que fica nas proximidades, abandonou o seu posto e foi tentar impedir que o Lima fizesse o seu trabalho. Armado com uma espingarda de grosso calibre usada na segurança bancária, o PM intimou o representante do DP chegando ao ponto de dizer que iria "tirar do ar a coluna" assinada por Evangelista no portal180graus, de Teresina. Apesar de não admitir, por não ter provas, Evangelista diz que muita gente em Paulistana associa o atentado que ele sofreu com a atitude do PM "Cleisson". Temendo por sua segurança, o representante do DP disse que hoje mesmo vai ao Comando da PM em Teresina denunciar os fatos e pedir providência. Ele acredita que o comandante da guarnição da PM em Paulistana, Major Cordeiro, não tem condições de apurar os fatos por ser amigo dos militares envolvidos. O major, inclusive, deverá ser convocado nesta semana para explicar os fatos ao Comando da PM, conforme admitiu o coronel Prado em entrevista a uma emissora de TV local. No município, inclusive, corre a informação de que o major também já deveria ter sido afastado do cargo por responder a sindicância envolvendo a distribuição de combustíveis. Fora a denúncia, o promotor de Justiça José Eduardo já está em mãos com a queixa prestada por Evangelista e os laudos médicos do exame de corpo de delito realizado por Evangelista no Hospital Regional de Paulistana.

Fonte: DP

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