Deixaram o cargo o gerente de internação do CEM, Herbert Neves; o diretor educacional de atendimento socioeducativo da Sasc, Anderlly Lopes e o coordenador do CEM, Marivaldo Viana.
Segundo Anselmo, um nome ainda será buscado para assumir a gerência do CEM. "Nós estamos em análise de um nome com este novo perfil operacional.
Após fechar a nova equipe, a SASC deve iniciar o processo de reforma do CEM. "O diretor financeiro já esteve visitando as instalações e nós iremos fazer um relatório da situação da unidade e também iremos dinamizar a questão do fluxo de saída", afirmou.
O promotor Glécio Setúbal, coordenador do Centro de Apóio à Infância e Juventude, disse que a mudança no CEM faz parte da própria investigação. "O interessante é que as autoridades se afastem para que haja mais liberdade para se apurar os fatos ocorridos. Na realidade, a mudança em si não vai mudar efetivamente o que está representado. O que se tem que fazer de fato é a implementação da lei", afirmou.
Entenda o caso
O promotor da 2ª Vara da Infância e da Juventude, Maurício Verdejo, solicitou uma investigação para apurar a morte do adolescente no CEM. Ele também abriu um inquérito administrativo para saber quem tem a responsabilidade pela morte.
Gleison Vieira foi espancado até a morte por volta das 23 horas de quarta-feira na ala D do CEM. Os suspeitos são os três adolescentes acusados do estupro coletivo de Castelo, juntamente com a vítima. Eles teriam confessado ao gerente de internação do CEM o crime no local, mas não informaram o motivo. No entanto, o promotor de Castelo, Cezário Cavalcante, afirmou que o jovem já havia sido ameaçado de morte pelos comparsas, por ter sido o delator do grupo sobre o crime, inclusive contando detalhes do que ocorreu.
A morte de Gleison foi comemorada no município, o que fez com que a família o enterrasse em Teresina com medo de represálias. Havia a informação de que queriam queimar o caixão, caso fosse levado à cidade.
O estupro coletivo de quatro garotas ocorreu no dia 27 de maio. Além de violentadas, elas foram agredidas, apedrejadas e arremessadas de uma altura de oito metros no morro do Garrote, onde tinham ido para tirar fotos. Uma delas, Danielle Rodrigues, não resistiu e morreu dez dias depois. Um adulto, Adão José da Silva, 40 anos, está preso acusado de ser o líder da barbárie que contou com a participação de quatro adolescentes, um deles de 14 anos.
Fonte: Da redação