Foto: Divulgação
Medida acima por causa de maus hábitos alimentares
A obesidade é uma patologia crônica caracterizada pelo acúmulo exacerbado de gordura no corpo e, na maioria dos casos, é consequência de escolhas alimentares inadequadas na rotina. Ela é uma condição que apresenta grandes riscos de desencadear doenças cardiovasculares, metabólicas e/ou neurodegenerativas. Esse distúrbio pode atingir qualquer faixa etária e uma das mais perigosas é quando ocorre na terceira idade.
A qualidade da alimentação da população idosa piorou ao longo dos anos, com o consumo cada vez mais frequente de ultraprocessados e alimentos de fácil preparo. A consequência dessa realidade pode ser evidenciada no resultado de uma pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada entre os anos de 2006 e 2019. Os dados mostram que, no Brasil, a obesidade aumentou mais de 70% no período, saindo de 11,3% e atingindo 20,3% dos brasileiros.
“Ela pode ser dividida em obesidade primária, caracterizada pelo acúmulo de gordura por causa do consumo excessivo de calorias e pouco gasto energético; e secundária, quando o sobrepeso é consequência de alguma doença crônica, condição médica, uso de medicamentos e/ou disfunções hormonais”, explica Juliana Fonseca, docente do curso de Nutrição da UNINASSAU Petrolina.
A nutricionista conta que os idosos encontram alguns desafios para lidar com a patologia. “A composição corporal sofre modificações consideráveis com a idade avançada, uma vez que as massas muscular e óssea diminuem progressivamente a partir da terceira década de vida, enquanto a de gordura aumenta. Além disso, também há a dificuldade de iniciar e manter uma dieta balanceada por causa de dependência de outras pessoas, da dificuldade com a palatabilidade, sonolência e maior risco de acidentes”, exemplifica.
“Para tratar esse distúrbio em idosos, o plano alimentar de intervenções ideal precisa contemplar as características culturais, familiares e socioeconômicas do paciente, bem como a saúde, mobilidade e as necessidades nutricionais específicas dessa faixa etária”, afirma Juliana. “É de suma importância a elaboração de uma dieta balanceada, levando em consideração o controle do consumo de grupos alimentares na rotina e a hidratação adequada, além do incentivo à atividade física”, ressalta.
O tratamento da obesidade na terceira idade deve ser discutido com mais frequência, a fim de garantir que as possíveis mudanças a serem realizadas na rotina do idoso sejam plausíveis e eficientes para o estilo de vida dele. Paralelo a isso, o acompanhamento de uma rede de profissionais de saúde – como nutricionista, endocrinologista, psicologista etc. –, a fim de garantir um plano de tratamento adequado às necessidades individuais de cada paciente, também se faz necessário.
Fonte: Uninassau
Siga nas redes sociais