Secretaria abrirá investigação contra professores faltosos

Seduc investigações professores faltosos abre


 A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) vai criar uma comissão para acompanhar o cruzamento dos contracheques de professores que atuam na rede pública municipal e estadual em horários similares. O órgão quer identificar os servidores que estão lotados em algumas escolas, mas não aparecem para dar aula, pois no mesmo horário estão ministrando aulas em um colégio municipal.

A decisão foi tomada na última quinta-feira, após reunião da secretária de Educação, Rejane Dias, com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Piauí (Sinte- -PI) e o Ministério Público Estadual. Atualmente, existem na Seduc 14.541 professores efetivos, dos quais 1.129 estão afastados por licença médica, licença prêmio ou para acompanhar familiares doentes.

Há casos de professores que constam como lotados em determinadas escolas, mas que não aparecem para ministrar as aulas. “Quando houver a licença, poderemos de forma mais rápida cobrir a vaga do professor. E, nos casos dos faltosos, será mais célere a identificação e abertura de processo administrativo para apurar as responsabilidades”, informou o superintendente administrativo da Seduc, Helder Jacobina, que também participou da reunião.

O encontro foi provocado pelo Sinte-PI para reclamar da falta de professores nas escolas públicas, o que estaria prejudicando as aulas na rede estadual. O promotor Fernando Santos, presente da reunião, disse que a situação não pode continuar como está e solicitou que o segundo semestre das aulas deve começar atendendo aos requisitos básicos para o bom andamento do período, incluindo a disponibilização de professores para todas as disciplinas.

Fernando Santos alertou para o recebimento de várias denúncias que relatam a existência de professores trabalhando como servidores temporários. “Sabemos que não vão aparecer soluções da noite para o dia, mas queremos previsões em relação à resolução dos problemas. Um servidor concursado não pode ser preterido em relação a um substituto, pois este só pode ser contratado quando for substituir um efetivo e não para ocupar o espaço vago. O Ministério Público está disponível para acompanhar o andamento da situação, inclusive em relação aos desvios de funções”, argumentou.

Para a presidente do Sinte-PI, Odeni Silva, a carência não é só de professores em sala, mas também de servidores que possam cuidar das tarefas cotidianas na escola. “Essa carência tem desestimulado os estudantes, que acabam deixando de frequentar as aulas. Enquanto isso, chegam até nós informações de funcionários fantasmas e isso é inadmissível. Também temos que discutir melhor a concessão de disposições aos professores, que são requisitados para diferentes órgãos, deixando as salas de aula vazias”, pondera.

Fonte: portalodia

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