Foto: Francisco Gilásio

A TV Antares reexibirá, nesta sexta-feira (13), o documentário Páginas da História do Piauí - Batalha do Jenipapo, às 13h e 19 horas, como parte das comemorações oficiais em torno do episódio mais marcante da história do Piauí. O documentário é um registro histórico, em terras piauienses, sobre a luta pela Independência do Brasil em relação a Portugal, e se utiliza da animação gráfica e da narrativa de cordel para mostrar momentos políticos decisivos.

Batalha do Jenipapo narra que as margens do rio Jenipapo, no município de Campo Maior, foram palco de uma sangrenta batalha envolvendo os partidários da independência brasileira e a resistência portuguesa que procurava evitá-la. O confronto pode ser visto como um dos momentos cruciais da adesão da província ao processo de Independência do Brasil e o documentário serve para ratificar a importância desse combate.

Segundo Tamar Fortes, que divide roteiro, direção e produção do documentário com Diego Lopes, Batalha do Jenipapo é uma tentativa de resgatar o valor desse feito, tão pouco difundido nos livros de História do Brasil. O expectador verá como os patriotas piauienses e de províncias vizinhas - cerca de 3.000 combatentes, entre vaqueiros, juízes, roceiros, agregados, escravos, negros alforriados, índios, mestiços e peões - prepararam a resistência ao brigadeiro João José da Cunha Fidié.

Defendendo a liberdade

O documentário lembra que todos os patriotas não tinham experiência militar, nem armas apropriadas, mas tinham, sobretudo, a vontade extrema de defender a liberdade do Piauí e da Pátria. Por volta das 9 horas, do dia 13 de março de 1823, eles enfrentaram as tropas portuguesas às margens do rio Jenipapo. O major Fidié venceu o combate, encerrado às 14 horas, mas perdeu boa parte de suas peças de artilharia.

Sem condições de luta, Fidié deixou Campo Maior e partiu rumo ao Maranhão. O fio condutor de todo o documentário é a narrativa do cordel Batalha do Jenipapo, de autoria do repentista piauiense Pedro Costa, ilustrada através de animação gráfica, produzida originalmente para o filme. Somam-se a esses elementos entrevistas com professores e pesquisadores, além de moradores de Campo Maior - cujos depoimentos trazem grande carga dramática ao documentário.

Muitos desses personagens de Campo Maior têm antepassados combatentes ou ouviram pela cidade essa história que é motivo de orgulho para a população local. Uma trilha sonora original, assinada pelo cantor e compositor José Quaresma, reforçará o conceito musical estabelecido pelo cordel, tornando-se presença preponderante no documentário, que tem desenhos e animação gráfica realizados também por Quaresma e Davi Scooby, edição de Marcelo Rego e sonoplastia de José Dantas.