Saúde

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Médicos discutem uso da IA em benefício de deficientes visuais

Aplicação da tecnologia envolve desafios éticos e técnicos

Da Redação

Quinta - 13/02/2025 às 08:30



Foto: josé Cruz/Agência Brasil Deficientes visuais
Deficientes visuais

Bengalas inteligentes e sistemas de audiodescrição de objetos e ambientes são exemplos de como a inteligência artificial (IA) pode ser usada para melhorar a autonomia de pessoas com deficiência visual. O assunto será discutido na 8ª Convenção do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que acontece nesta sexta-feira (14) e sábado (15), em São Paulo.

Durante o evento, especialistas e gestores de saúde irão debater como a IA pode ser aplicada em tecnologias que auxiliam na comunicação, locomoção e acessibilidade de pessoas cegas ou com baixa visão. O encontro também vai abordar os desafios éticos e técnicos que envolvem o uso dessas tecnologias, como a privacidade e a imparcialidade no tratamento dos dados dos usuários.

O CBO explica que as tecnologias assistivas na oftalmologia incluem recursos, dispositivos e sistemas criados para melhorar a independência e a qualidade de vida de pessoas com deficiência visual. Muitas dessas ferramentas são desenvolvidas para tarefas específicas e possuem funções bem definidas.

As soluções baseadas em IA têm permitido que pessoas com deficiência visual recebam descrições de imagens, objetos e textos sem a necessidade de um voluntário. Isso aumenta sua autonomia, pois os sistemas podem analisar fotos enviadas pelos usuários e fornecer descrições detalhadas, ajudando em tarefas cotidianas como leitura de rótulos, identificação de objetos e reconhecimento de ambientes.

As bengalas inteligentes, que combinam sensores com a conectividade de smartphones, conseguem detectar obstáculos e orientar os usuários por meio de comandos de voz, proporcionando mais segurança na locomoção em ambientes urbanos. A IA, nesses casos, ajuda a identificar pontos de interesse e a adaptar os usuários a novos ambientes, tornando a mobilidade mais fácil.

Apesar dos avanços, o CBO alerta para os desafios éticos e técnicos no desenvolvimento e uso dessas tecnologias. Eles destacam que, caso não sejam bem moderados, os dispositivos de audiodescrição gerados por IA podem acabar reforçando preconceitos se não forem alimentados com uma base objetiva e imparcial.

Fonte: Agência Brasil

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