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Pesquisa do Instituto Getúlio Vargas aponta maior concentração de renda

Estudo alerta sobre o processo de reconcentração entre a camada mais rica no Brasil

Da Redação

Quarta - 17/01/2024 às 09:35



Foto: Reprodução Segundo o levantamento, o crescimento registrado entre os 15 mil milionários que compõe o 0,01% mais rico foi de 96%.
Segundo o levantamento, o crescimento registrado entre os 15 mil milionários que compõe o 0,01% mais rico foi de 96%.

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) com base no imposto de renda constata aumento na concentração de renda no Brasil.

Segundo o estudo, a renda da camada mais rica cresce a um ritmo duas a três vezes maior do que a média registrada por 95% dos brasileiros. “O que, ao que tudo indica, a confirmar-se por estudos complementares, elevou o nível de concentração de renda no topo da pirâmide para um novo recorde histórico, depois de uma década de relativa estabilidade da desigualdade”, diz a pesquisa.

Ou seja, enquanto a maioria da população adulta teve um crescimento nominal médio de 33% em sua renda no período de cinco anos, marcado pela pandemia, a variação registrada pelos mais ricos foi entre 51% e 87% nos estratos mais seletos. Entre os 15 mil milionários que compõe o 0,01% mais rico, o crescimento registrado foi de 96%.

Os resultados da análise com base nos dados do imposto de renda servem de alerta sobre o processo de reconcentração de renda no Brasil e sobre os vetores que mais contribuem para isso: os rendimentos isentos ou subtributados que se destacam como fonte de remuneração principal entre os super ricos.

“Em resumo, ainda é cedo para avaliar se o aumento da concentração de renda no topo é fenômeno estrutural ou conjuntural, mas as evidências reunidas  reforçam a necessidade de revisão das isenções tributárias atualmente concedidas pela legislação e que beneficiam especialmente os mais ricos”, finaliza Ibre/FGV.

Fonte: Agência Brasil

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