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OPERAÇÃO DELIVERY

Justiça Federal arquiva processo contra o jornalista Tony Trindade

Tony Trindade foi acusado de atrapalhar investigações da Operação Delivery, ação da PF que apurava desvio de recursos públicos do Fundeb em União

Da Redação

Terça - 29/06/2021 às 16:09



Foto: Youtube Jornalista Tony Trindade
Jornalista Tony Trindade

O Ministério Público Federal (MPF), através do juiz federal Leonardo Tavares Saraiva, da 1ª Vara Federal, acolheu pedido arquivou inquérito policial contra o jornalista Tony Trindade, preso pela Polícia Federal durante a Operação Acesso Negado em agosto de 2020. 

Tony Trindade foi acusado de atrapalhar investigações da Operação Delivery, ação da PF que apurava desvio de recursos públicos do Fundeb destinados à Prefeitura de União, ciadde localizada na região Norte do Piauí, que tinha como gestor o prefeito Paulo Henrique, do qual Tony Trindade era assessor de comunicação. A decisão foi dada no dia 17 de junho.

SOBRE O CASO

O inquérito também foi arquivado em relação aos outros envolvidos no caso Wellington Aldeci dos Santos, Lawrence Martins Rabelo e Alexandre Veloso dos Passos.
O MPF pediu o arquivamento do inquérito alegando que Wellington Aldeci não possui nenhum vínculo com a prefeitura de União.

Ele somente aceitou acompanhar Juniel Amorim na viagem à Fortaleza (CE) sem nenhum tipo de contrapartida e que desconhecia a origem do valor transportado, bem como que lhe faltaria dolo para o cometimento do crime descrito no art. art.1º da lei 9.613/98.

Quanto a Lawrence Martins, ele seria procurador da empresa RC Educacional, contudo, nos autos da investigação policial, não foi apontada qualquer participação dele nos fatos investigados.

O MPF afirmou ainda que Tony Trindade seria jornalista supostamente responsável pelo marketing político de gestores do município de União, tendo obtido informação desacertada de Francisco Yago de que haveria uma suposta operação policial do GRECO, e que, por tal motivo, alertou Marcone Martins para que se antecipasse a tal fato.
Foi apontado que ele se comportou no sentido de monitorar os fatos investigados exercendo supostamente sua função de jornalista. No entanto, apesar da gravidade dos fatos apurados, não foi possível apontar com a certeza exigida pelo direito penal, que Tony Trindade acessou ou tentou ter acesso a informações de caráter sigiloso que pudesse comprometer a rigidez da investigação.

Alexandre Veloso seria o advogado constituído por Marcone Martins que supostamente teria obtido informações sigilosas acerca da presente investigação. Tal hipótese criminal não ficou seguramente confirmada, como é exigido pelo direito penal.

“Analisando os autos, observa-se que inexiste base empírica para a persecução penal, pois não há indícios suficientes de que as pessoas acima citadas tenham praticado as condutas ilícitas investigadas. Não existe, portanto, evidência de autoria suficiente para o oferecimento de denúncia, conforme assevera o Ministério Público Federal”, diz trecho do pedido.

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