OAB quer resposta sobre possível morte por engano de jovens em confronto com a Polícia

Foto: Divulgação

Soldado Lídio à esquerda e dois suspeitos do crime à direita

Os dois jovens mortos em suposto confronto com policiais da Força Tarefa no último dia 24 de julho podem não ter relação alguma com a morte do soldado Lídio Mesquita, como foi divulgado pela Polícia Militar à época. A dupla chegou a ser identificada apenas como Pedro e Lucas.

Para esclarecer estes fatos, a OAB Piauí enviou ofícios à Procuradoria-Geral de Justiça, ao Comando Geral da Polícia Militar, ao Governo do Estado e ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), solicitando apuração sobre a denúncia de que o DHPP investiga mortes de dois homens ocorridas durante confronto com a Força Tarefa da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí (SSP-PI).

"A denúncia havia sido veiculada em vários sites da imprensa local. No período do ocorrido, a dupla foi apontada como suspeita da morte do policial Lídio Mesquita, mas a possibilidade foi descartada após apreensão dos dois autores do crime no dia 25 de agosto", diz a entidade.

Nos documentos, a OAB Piauí solicita a apuração do fato junto aos órgãos competentes. Segundo o Presidente da OAB Piauí, Celso Barros Coelho Neto, “caso seja confirmado a existência de excessos e falhas na operação, que os envolvidos sejam responsabilizados como forma de efetivação da justiça, de defesa e garantia dos Direitos Humanos”, ressaltou.

O CRIME

O soldado identificado como Lidio Roberto de Sousa Mesquita, de 37 anos, lotado no 13º Batalhão de Polícia Militar (13º BPM) foi assassinado com um tiro na cabeça por volta das 14h do último 22 de julho. O crime aconteceu na Rua Augusto, Vila São Francisco, zona Norte de Teresina.

Conforme mostram imagens de uma câmera de segurança do local, dois suspeitos interceptam a moto do policial e o derrubam. Ao perceberem que Lidio estava armado, um dos suspeitos efetuou um tiro de arma de fogo contra a nuca do PM, que teve morte imediata.