Política

INVESTIGAÇÃO

Abin foi usada para monitorar promotora do caso Marielle na gestão Bolsonaro

A revelação faz parte da decisão do STF, que embasou a operação contra o ex-chefe da Abin deflagrada nesta quinta-feira (25) pela Polícia Federal

Da Redação

Quinta - 25/01/2024 às 15:48



Foto: Reprodução Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro
Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro

A estrutura da Agência Brasileira de Informações (Abin) foi utilizada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para monitorar Simone Sibilio, ex-coordenadora da força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) responsável pelas investigações sobre as mortes de Marielle Franco (PSOL) e Anderson Gomes. A revelação faz parte da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que embasou a operação contra o ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem, deflagrada nesta quinta-feira (25) pela Polícia Federal.

De acordo com a decisão, a Controladoria Geral da União (CGU) descobriu um resumo do currículo da promotora do MP-RJ que liderava a força-tarefa sobre os homicídios de Marielle e Anderson. Esse documento, conforme as investigações, apresentava a mesma formatação utilizada em outros relatórios falsos gerados pela estrutura paralela de espionagem na Abin durante o governo Bolsonaro.

No entendimento de Moraes, a instrumentalização da Abin ficou evidente no monitoramento da Promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes.


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