Política

PEC que limita candidatura de militares será debatida no Senado na quinta (25)

Militar que se candidata pode manter sua remuneração se tiver mais de 10 anos de serviço, PEC quer aumentar o tempo exigido para 35 anos

Da Redação

Sexta - 19/04/2024 às 17:06



Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Exército Brasileiro
Exército Brasileiro

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita a candidatura de militares será discutida em sessão temática no Senado, na quinta-feira (25), às 14h. A PEC 42/2023 quer aumentar para 35 anos o tempo de serviço exigido para que integrantes das Forças Armadas possam concorrer em eleições sem perder a remuneração. Atualmente, o militar que se candidata pode manter seus vencimentos se tiver mais de 10 anos de serviço.

O debate temático foi solicitado por Jaques Wagner e acordado com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), militar da reserva do Exército e contrário à PEC.

Segundo a proposta, os militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que se candidatarem para cargos eletivos serão transferidos para a reserva não remunerada no registro da candidatura, se tiver menos que 35 anos de tempo de serviço.

A regra atual estabelece que o militar candidato vai temporariamente para um tipo de inatividade com remuneração chamada “agregação”, em que deixa de ocupar vaga na escala hierárquica. Ele pode retornar à ativa se não for eleito.

Para os militares dos estados, Distrito Federal e territórios, ou seja, os policiais e bombeiros militares, o texto mantém as regras atuais. A proposta também estabelece que as novas regras não se aplicarão à eleição que ocorrer em até um ano da data do início da vigência da emenda constitucional, se ela for aprovada no Congresso.

O objetivo da PEC é despolitizar as Forças Armadas, mas o texto tem enfrentado resistência da oposição. A proposta foi apresentada pelo líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), e articulada com o Ministério da Defesa.

Em novembro do ano passado, a chamada PEC dos militares foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com voto favorável do relator, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que é vice-líder do governo. Na votação, os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sérgio Moro (União-PR) registraram votos contrários.

No Plenário, a PEC já foi discutida em duas sessões e, pela Constituição, ainda precisa ser tema de discussão de outras três sessões antes de ser votada. Para ser aprovada, a proposta deve ser votada, em dois turnos, e receber três quintos dos votos dos senadores (49). Se for acatado no Plenário, o texto é enviado para a análise da Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Senado

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