Foto: Divulgação/Governo do Piauí
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O Laboratório de Neurociência Cognitiva (LaboNC) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), coordenado pelos professores Eleonardo Rodrigues e João Damasceno Neto em colaboração com o Núcleo de Tratamento dos Tumores Encéfalo Medulares (Nuttem) do Hospital São Marcos (HSM), sob a liderança do professor Nazareno Pearce Brito, desenvolvem projeto que visa criar um protocolo de avaliação neuropsicológica para neurocirurgias em pacientes conscientes, com foco especial em indivíduos com gliomas em áreas significantes do cérebro.
Durante um período de dois anos, a equipe de pesquisa selecionará 40 pacientes que se enquadram no perfil do estudo: adultos de ambos os sexos, com gliomas em áreas eloquentes cerebrais e lesões localizadas no hemisfério cerebral dominante. O protocolo dará ênfase à avaliação de funções cognitivas superiores, como linguagem, memória, atenção, funções executivas, praxia, visuoconstrução e comportamento motor.
O LaboNC-Uespi, composto por três professores e nove estudantes de Psicologia, se destaca por seu protocolo único que prioriza um atendimento humanizado, com foco no bem-estar emocional do paciente, além de um cuidado técnico especializado. A equipe de neuropsicólogos da Uespi proporciona um acompanhamento completo, desde o pré até o pós-operatório.
O professor Eleonardo Rodrigues, um dos autores do projeto, explica que o protocolo do LaboNC tem como objetivo identificar as funções psicológicas afetadas pelo tumor e direcionar os testes neuropsicológicos especificamente para essas áreas. O protocolo será comparado com os resultados de instrumentos já estabelecidos, garantindo sua precisão e objetividade.
Rodrigues enfatiza que os benefícios potenciais para os pacientes submetidos à neurocirurgia usando este novo protocolo são significativos. A inclusão da avaliação dos estados emocionais pode reduzir os níveis de estresse pré-operatório, enquanto a abordagem multidisciplinar favorece uma ressecção cirúrgica mais precisa e segura, resultando em melhores resultados para os pacientes.
O protocolo também promete avanços na compreensão e tratamento de distúrbios neuropsicológicos associados a procedimentos neurocirúrgicos. Ao identificar as funções preservadas e prejudicadas antes e após a cirurgia, os profissionais de saúde podem encaminhar os pacientes para tratamentos neuropsicológicos específicos, melhorando sua recuperação e qualidade de vida.
Fonte: Governo do Piauí
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