Saúde

DENÚNCIA GRAVE

Família denuncia que paciente morreu no HUT por falta de antibiótico

O paciente teria ficado 10 dias sem o medicamento e morreu em decorrência de uma infecção generalizada

Da Redação

Sábado - 09/03/2024 às 09:27



Foto: ASCOM/HUT Hospital de Urgência de Teresina Profº Zenon Rocha (HUT)
Hospital de Urgência de Teresina Profº Zenon Rocha (HUT)

A morte de um paciente de 35 anos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) está sendo associada a falta de medicamentos. Segundo o Sindicato dos Médicos de Teresina (Simepi), a família do paciente denunciou que a morte foi provocada pela falta de um antibiótico, a vancomicina. O óbito ocorreu na quinta-feira (07). 

Segundo a denúncia, o paciente estaria sem a medicação deste o dia 28 de fevereiro, recebendo apenas no dia 06 de março, após o quadro ter se agravado. O paciente deu entrada no Hospital do Dirceu no dia 18 de fevereiro por causa de uma infecção na perna e chegou a ser internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sendo transferido para o HUT no dia 25 de fevereiro. 

A morte foi provocada por uma infecção generalizada e necrose da perna. A família denunciou ainda que teve que comprar morfina para o paciente a pedido dos médicos, pois ele passaria por uma cirurgia para amputação da perna.

Em nota, a direção do HUT disse que a Fundação Municipal da Saúde (FMS) tem se empenhado para garantir que o hospital permaneça com estoques de medicações e insumos suficientes a atender a demanda dos pacientes. 

O HUT disse ainda que em situações em que alguma medicação não esteja disponível no estoque da farmácia de um hospital, o médico, juntamente com uma comissão permanente designada para lidar com essas questões, podem avaliar a substituição da medicação por outra que pertença à mesma classe e tenha um efeito similar para garantir o atendimento ao paciente.

Veja a nota do HUT sobre o caso:

A Diretoria do Hospital de Urgência de Teresina Prof. Zenon Rocha – HUT, vem, através da presente nota se posicionar diante de fatos que têm sido veiculados na mídia.

De saída, esclarecemos que dados sensíveis específicos de qualquer paciente estão resguardados por sigilo médico, de modo que não podem ser divulgados, exceto para o próprio paciente, ou familiares, em caso de impedimento deste.

Todavia, cumpre mencionar que tanto esta diretoria, como a presidência da Fundação Municipal da Saúde, tem se empenhado diuturnamente para garantir que o maior hospital de urgência do Estado permaneça com estoques de medicações e insumos suficientes a atender a crescente demanda dos pacientes.

Informamos ainda que em caso de indisponibilidade pontual de alguma medicação no estoque da farmácia, o médico assistente, com o auxílio de uma comissão permanente constituída com tal fim (Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS), avaliam, de plano, a substituição de tal medicação por outra, de igual classe e efeito similar que se encontre disponível, de modo a garantir o atendimento integral ao paciente. Tal prática corriqueiramente ocorre tanto nesta unidade de saúde, como nos demais hospitais da rede pública e privada.

Pontuamos ainda que o Hospital possui todas as comissões técnicas necessárias para avaliação de qualquer evento adverso ou inconsistências dentro dos processos hospitalares de assistência ao paciente.

Registramos ainda o empenho e brilhantismo da equipe de profissionais que atua nesse hospital, que se dedica a prover o melhor atendimento possível aos pacientes, inobstante o enorme volume de pacientes graves e urgentes que são recebidos diariamente nesta unidade de saúde.

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