Saúde

ARBOVIROSE

Sesapi confirma 8 casos da Febre Oropouche no Piauí

Foram confirmados 3 casos da doença em Teresina e 5 casos em Amarante

Da Redação

Quinta - 11/04/2024 às 08:14



Foto: Istock / RolfAasa Mosquito
Mosquito

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) já confirmou 8 casos da febre Oropouche no estado, segundo informação divulgada nesta quinta-feira (11). A doença é transmitida pela picada de um mosquito e possui sintomas parecidos com a dengue.

De acordo com a Sesapi, os casos foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí Dr. Costa Alvarenga (LACEN-PI). São 3 casos confirmados em Teresina e 5 casos confirmados em Amarante. Dois pacientes têm acima de 60 anos de idade.

A detecção dos casos é considerada um evento atípico, pois a doença não é considerada endêmica no Piauí.

Transmissão

A transmissão da febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece se multiplicando no mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença, silvestre e urbano. No primeiro, animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

Quanto ao ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus e o maruim também é considerado como principal vetor. Entretanto, mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus (um tipo de “muriçoca”) é comumente encontrado em ambientes urbanos e pode, ocasionalmente, transmitir o vírus Oropouche aos humanos.

Sintomas

Os sintomas da febre Oropouche são similares aos das outras arboviroses, sendo difícil diferenciá-los das demais. É comum haver:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Dor nas articulações;
  • Surgimento de manchas na pele;
  • Náuseas;
  • Diarreia.

Diagnóstico

O diagnóstico de febre Oropouche é feito com base nos sintomas do paciente, na história epidemiológica e nos exames laboratoriais.

No início da doença, o diagnóstico pode ser realizado a partir de testes que identificam a presença do vírus, como o PCR. Já em quadros clínicos mais tardios, pode ser realizada a sorologia (ou seja, a pesquisa de anticorpos produzidos em resposta à infecção). Ambos os procedimentos dependem da coleta de uma amostra de sangue do paciente.

Tratamento

Não há um tratamento específico para a febre Oropouche. Em geral, o paciente é orientado a ficar em repouso e, a depender do quadro, são feitas medicações sintomáticas para controlar, por exemplo, a dor e a febre.

Prevenção

Evitar a proliferação de criadouros de mosquitos e o contato com eles são a principal forma de prevenção da febre do Oropouche. Em especial durante visitação de regiões de mata, é fundamental que sejam utilizadas roupas de mangas compridas e repelentes sobre as áreas expostas de pele.

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