Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, durante sua cerimônia de posse, em 2023
O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann (PT), defendeu, a proposta de reindustrialização do Brasil, feita presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A entrevista foi concedida à Telesur, Informações acerca da data de realização e transmissão da entrevista não foram encontradas.
Na entrevista, Pochmann afirmou que algumas cidades do país experimentam um crescimento acelerado, comparável ao cenário observado na China. Entretanto, presidente do instituto ressaltou que essa prosperidade contrasta com a estagnação econômica e social em outras regiões, onde a presença de instituições religiosas e a expansão do crime organizado se tornaram realidades preocupantes.
Sobre a distribuição geográfica da nova indústria incentivada pelo governo, Pochmann destacou que ainda não está claro se ela seguirá os padrões de concentração regional predominantes em décadas anteriores.
“Não se sabe os locais nos quais essa nova indústria se instalará. Se repetirá locais que até então eram a estrutura da indústria, de forte concentração no Sudeste, ou se teremos uma indústria mais dispersa no território nacional”, disse o petista em entrevista ao programa Latitude Brasil, da Telesur.
O presidente do IBGE mencionou que o Brasil está passando por uma melhoria em sua estrutura econômica e infraestrutural, especialmente devido aos investimentos direcionados pelo Novo Plano de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
“Com os investimentos alocados no Plano de Aceleração do Crescimento [PAC], o Brasil vai melhorando sua estrutura em vários locais das regiões brasileiras, o que é importante, porque o nosso desenvolvimento sempre foi muito concentrado em poucas regiões, poucas cidades”, afirmou Pochmann na ocasião.
O presidente do IBGE também destacou que o Novo PAC busca reduzir as disparidades regionais, promovendo um desenvolvimento mais equitativo em todo o território nacional.
Segundo Pochmann, aproximadamente 5.570 municípios podem ser divididos em três grupos distintos, com diferentes dinâmicas socioeconômicas e desafios particulares.
De acordo com o petista, o primeiro grupo, representando 40% das cidades, estaria associado a uma economia dinâmica, impulsionada pela produção primária voltada para a exportação. Enquanto isso, o segundo grupo, composto por 15% dos municípios, possui uma população reduzida, dependendo fortemente de transferências de renda e programas sociais.
Já o terceiro grupo, abrangendo os 35% restantes, inclui grandes municípios que anteriormente desempenharam um papel central na estrutura industrial do país, mas perderam sua relevância econômica ao longo do tempo.
Segundo Pochmann, os municípios que pertecem ao último grupo enfrentam desafios significativos de estagnação econômica, e muitas vezes lidam com questões sociais complexas relacionadas ao papel das instituições religiosas e à crescente influência do crime organizado.
O link da entrevista foi divulgado pelo presidente do IBGE em suas redes sociais nessa segunda-feira (12)
Fonte: Infomoney
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